A mulher de 42 anos que matou uma grávida com o objetivo de ficar com o bebê foi denunciada pelo Ministério Público do Estado (MPRS). Josiane de Oliveira Jardim pode responder na Justiça pelos crimes de homicídio qualificado, aborto e ocultação de cadáver, além do delito de dar parto alheio como próprio.
O crime aconteceu no dia 14 de outubro no bairro Mario Quintana, em Porto Alegre. A vítima era Paula Janaína Ferreira Melo, 25 anos, que estava grávida de nove meses.
“Chocou a todos nós gaúchos pela forma de sua execução planejada, organizada e abalando o estado civil das pessoas. Uma pessoa atrai outra, uma grávida de nove meses, simulando que vai fazer uma doação e simplesmente a mata, tira o bebê e tenta fazer com que o bebê seja seu aos olhos de todos. Um crime lamentável que merece uma punição equivalente à gravidade de tudo que aconteceu”, afrima a promotora Lúcia Callegari.
Se a denúncia for aceita pela Justiça, Josiane se tornará ré.
Como aconteceu o crime
A denunciada atraiu a vítima até sua casa. A intenção dela era roubar o bebê e se tornar mãe dele. Para isso, a criminosa prometeu doações e fingiu para a vítima que também estava grávida com o objetivo de criar um vínculo de confiança.
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A mulher usou um instrumento contundente para atingir diversas vezes a cabeça de Paula e ainda cortou a barriga dela para retirar a criança do seu ventre. No dia seguinte, a autora do crime e o bebê foram levados para um hospital da capital após ela ter simulado um parto. No entanto, os médicos constataram a farsa e acionaram a Polícia Civil. A mulher foi presa no dia 16 de outubro e o corpo da vítima foi descoberto embalado em cobertores e sacos plásticos embaixo da cama na casa da denunciada.
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Paula e o bebê, que receberia o nome de Endrick pela família e estava previsto para nascer dia 5 de novembro, foram sepultados no dia 17 de outubro em Porto Alegre. Segundo a investigação, a criminosa, que é casada e tem dois filhos adotivos, agiu sozinha.
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