Foi em 2022 que a Polícia Civil desencadeou a Operação Gravataí Papers, que levou à cadeia um grupo de estelionatários envolvidos em falsificações com carros de luxo que visavam lavar dinheiro para uma facção criminosa.
A apuração avançou e levou ao desdobramento da batizada Operação Kynos, desencadeada na manhã desta terça-feira (16), e que resultou na prisão de um servidor do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RS) em Porto Alegre.
O funcionário de 41 anos seria um servidor de carreira responsável pela supervisão dos 152 Centros de Remoção e Depósitos (CRDs) existentes no Rio Grande do Sul. Além dele, foram quatro presos.
A ação organizada pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) contou com 40 agentes, que cumpriram oito mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva em Porto Alegre, Canoas e na Penitenciária Estadual do Jacuí.
Conforme a Polícia, o próprio Detran denunciou o funcionário envolvido na falsificação de documentos públicos e particulares, clonagem de automóveis, violação de sigilo profissional.
A suspeita, segundo o delegado Max Otto Ritter, titular da 1ª Delegacia de Combate à Corrupção, é que o funcionário do Detran-RS tenha fornecido informações privilegiadas e senhas ao grupo criminoso.
Ele aponta que, a partir da operação, os alvos serão devidamente interrogados e as provas analisadas de modo a garantir a materialidade de cada um dos alvos nos crimes investigados.
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