SÃO LEOPOLDO

"Sentimento de dever cumprido", diz promotor sobre júri que condenou cinco por morte de jovem em hospital

Gabriel Minossi, 19 anos, foi morto por engano dentro do Hospital Centenário em novembro de 2018

Publicado em: 13/12/2023 09:37
Última atualização: 13/12/2023 10:14

O resultado do julgamento realizado terça-feira (12) no Fórum de São Leopoldo, e que condenou os cinco acusados pela execução de um jovem por engano dentro do Hospital Centenário,  foi celebrado pelos promotores que atuaram no caso. 

Promotores que atuaram na acusação junto com os pais, a irmã e um tio de Gabriel Foto: Divulgação

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“Sentimento é de dever cumprido do Ministério Público para com a comunidade de São Leopoldo, tão impactada pela tragédia vivida diretamente pela família do Gabriel, e, indiretamente, por todos nós”, pontuou o promotor Fernando Andrade Alves, que atuou na acusação pelo Núcleo de Apoio ao Júri (NAJ) do MPRS. 

O promotor Eduardo Lorenzi também destacou o resultado do julgamento, que durou mais de 12 horas. "O MPRS saiu muito satisfeito com o resultado, entendendo que realizou um belo trabalho, enfrentou cinco defesas muito bem qualificadas e, quem saiu ganhando, foi a sociedade de São Leopoldo, com um resultado que era esperado por todos. São nesses momentos que nós valorizamos, todos os dias, poder desempenhar o papel de promover a justiça nos crimes dolosos contra a vida”, diz. 

Os cinco acusados pela execução de um jovem por engano dentro do Hospital Centenário, em São Leopoldo, foram condenados a penas que variam de 18 a 48 anos de reclusão. O julgamento ocorreu terça-feira (12), no Fórum da cidade. O júri começou por volta das 11 horas e terminou às 23, quando o juiz José Antônio Carlos Piccoli leu a sentença.

Apontados pela Polícia Civil como os executores do crime e denunciados pelo Ministério Público, foram julgados William Gabriel Almeida Pereira, Lucas Gabriel Pedroso Nunes, Jorge Gilberto da Silva Júnior, e Deivid Silva de Ávila, além do suposto mandante, Eberson Ferreira Almeida. Pereira foi condenado a 18 anos um mês e oito dias de reclusão, Silveira Júnior a 21 anos, cinco meses e 15 dias de reclusão, Almeida a 26 anos e dois meses. As penas maiores foram dadas a Ávila, condenado a 42 anos e 15 dias de reclusão e Nunes, condenado a 48 anos e três meses de reclusão. A reportagem tenta contato com as defesas dos réus.

O crime aconteceu no dia 9 de novembro de 2018 e resultou na morte de Gabriel Vilas Boas Minossi, 19 anos. Todos os cinco denunciados já estavam presos. Os crimes imputados a eles, conforme a promotoria, na época da denúncia, são um homicídio consumado duplamente qualificado, duas tentativas de homicídio qualificado, receptação de veículo e formação de quadrilha armada. 

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