BOLO ENVENENADO
Sangue de mais duas pessoas próximas de Deise será analisado atrás de traços de arsênico
Ao consumir o doce, conhecido como Bolo de Reis, três pessoas morreram antes do Natal
Última atualização: 14/01/2025 13:33
Visando ampliar as investigações no caso do bolo envenenado em Torres, o delegado Cleber Lima, diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI), confirmou que solicitou ao Instituto-Geral de Perícias (IGP), a coleta de sangue do esposo de Deise Moura dos Anjos, 42 anos. Diego Silva dos Anjos e o filho do casal devem ser encaminhados ao IGP para verificar a presença de arsênico no organismo.
Deise é suspeita de envenenar os produtos utilizados pela sogra, Zeli dos Anjos, 61, para fazer um bolo antes do Natal no litoral norte.
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Ao consumir o doce, conhecido como Bolo de Reis, três pessoas morreram e outras duas (incluindo Zeli e uma criança de 10 anos) permaneceram dias hospitalizadas. Além disso, o sogro de Deise (esposo de Zeli), Paulo Luiz dos Anjos, também foi envenenado pela nora, mas em setembro.
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O corpo dele foi exumado após pedido da Polícia Civil, que detectou presença de arsênio, mesma substância encontrada no bolo, nas entranhas do idoso.
Novas suspeitas
Segundo Lima, a Polícia desconfia que outras pessoas também possam ter sido envenenadas. Uma delas é o pai da suspeita, José Lori da Silveira Moura, que morreu em 2020, aos 67 anos.
Há a possibilidade de um pedido de exumação do corpo do idoso. Na época da morte a causa foi determinada como cirrose. “Há fortes indícios de que ela tenha praticado outros envenenamentos de pessoas próximas à família e que vão ser objetos de investigação”, explica a delegada regional do litoral norte, Sabrina Deffente.
Depoimento
O diretor do DPI também reiterou que Diego será ouvido nesta semana, na condição de testemunha. No entanto, a data ainda não foi confirmada pela Polícia.
Deise está presa temporariamente desde 5 de janeiro na Penitenciária Estadual Feminina de Torres. A defesa nega a participação da cliente nos crimes.