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INVESTIGAÇÃO

Saiba o envolvimento de famosa rede de barbearia gaúcha com facção do Vale do Sinos

Conforme a Polícia Civil, movimentações ultrapassam os R$ 20 milhões e lucro com a tele-entrega de drogas era de R$ 500 mil mensais

Juliano Piasentin
Publicado em: 21/03/2024 às 13h:00 Última atualização: 21/03/2024 às 13h:08
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Movimentações financeiras que superam os R$ 20 milhões, veículos e imóveis de luxo e uma rede de barbearia com mais de dez filias entre Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Conforme a Polícia Civil, essa é a magnitude do esquema de lavagem de dinheiro do braço de uma facção criminosa do Vale do Sinos.

Operação El Patron foi deflagrada nesta quinta-feira (21)  | abc+



Operação El Patron foi deflagrada nesta quinta-feira (21)

Foto: Polícia Civil

Para conseguir mascarar a origem do dinheiro, o grupo utiliza uma empresa de fachada, no ramo da locação de veículos. Há também pessoas utilizadas como laranjas no esquema, possuindo rendas incompatíveis ao declarado.

A partir do ingresso dos valores na empresa de fachada e para os laranjas, o dinheiro seguia se movimentando, sendo injetado em contas bancárias da rede de barbearias El Cartel Fernandes, cujo a matriz fica em Porto Alegre. O empreendimento inclusive já foi alvo de outra operação, em maio de 2023, também por lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas.

De acordo com a Polícia Civil, mandados de busca e apreensão foram cumpridos em todas as unidades da barbearia. A reportagem buscou contato com a El Cartel Fernandes e não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestação.

Presos e bens apreendidos

Conforme o delegado Gabriel Borges, até o final da manhã, 11 pessoas haviam sido presas, incluindo um dos administradores da barbearia no Rio de Janeiro. Ele foi preso em Copacabana. Além disso, R$ 5 milhões em patrimônio foram bloqueados, entre eles dois imóveis de alto padrão e 26 veículos de luxo.

Rede de tele-entrega de drogas

Borges detalha que parte do dinheiro da facção, investido nas barbearias, é fruto da tele-entrega de drogas. Cerca de 20 entregadores eram gerenciados pelo grupo criminoso e apenas no litoral norte gaúcho a renda mensal chegava aos R$ 500 mil. “Essas pessoas acreditam estar acima da lei, mas não estão”, completa o delegado.

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