O homicídio registrado neste sábado (9), em Novo Hamburgo, pode ter relação com uma rixa antiga relacionada a vida amorosa de vítima e acusado. Pelo menos, essa é a principal linha de investigação da Polícia Civil, que deslocou uma equipe volante do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Porto Alegre para iniciar a apuração do crime.
Uma testemunha, que estava no bar no momento do crime, foi interrogada pelos agentes da DHPP no local do crime. O cliente do bar – e amigo da vítima – contou à Polícia que o acusado chegou ao estabelecimento por volta das 4h30 e iniciou uma discussão com o proprietário do estabelecimento, Paulo Ames, 47 anos.
“Ele [autor do homicídio] acusou o Paulinho de ter se metido com uma pretendente sua no passado, e ficou chamando para a briga. O cara estava com um facão”, explica a testemunha.
O dono do bar e demais clientes conseguiram desarmar o homem que, mesmo assim, seguiu no local provocando Ames. “Ele avisou que iria matar o Paulinho, mas a gente não deu muita bola”, disse a testemunha.
“Pedi pro Paulinho não se aproximar”, afirma testemunha
Cerca de uma hora depois, já por volta das 6 horas, após nova discussão acalorada, o acusado foi até seu carro, um Gol quadrado branco, onde pegou uma outra faca [peixeira].
Para tentar evitar novo atrito, segundo a testemunha, o dono do bar foi em direção ao acusado pedindo para que ele fosse embora.
Quando Ames se aproximou, foi atingido com uma estocada de faca na altura do coração. “Eu pedi pro Paulinho não se aproximar porque o cara estava com outra faca, mas ele não me ouviu”, conclui.
Paulo Ames caiu morto em frente ao bar, ao lado do seu carro, um Fiat Uno. Após o crime, o autor teria sido espancado por moradores, mas conseguiu fugir. O acusado de 32 anos, que reside no bairro Boa Saúde, acabou sendo preso pela Brigada Militar por volta das 10h30, no Hospital Municipal de Estância Velha, para onde foi levado pelo pai por conta das lesões sofrida durante o linchamento.
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