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FRAUDE VIRTUAL

"Risco de reiteração criminosa": Veja motivos apontados para manter Nego Di na prisão

Nego Di e o sócio Anderson Boneti estão presos na Pecan por suspeita de estelionato

Nadine Funck
Publicado em: 02/08/2024 às 17h:36 Última atualização: 02/08/2024 às 17h:41
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O influenciador gaúcho e ex-BBB Nego Di está preso desde o domingo do dia 14 de julho, dois dias após ter a prisão preventiva decretada por suspeita de estelionato. Ele e o sócio Anderson Boneti, que também está na Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan), comandavam o site “Tadizuera”, que deixou pelo menos 370 pessoas lesadas.

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Nego Di | abc+



Nego Di

Foto: Redes Sociais

Desde a metade do mês passado, Nego Di busca concessão de liberdade ou substituição da prisão por medidas cautelares alternativas, mas segue recebendo respostas negativas sobre seus pedidos de habeas corpus. O último foi deferido na noite de quinta-feira (1º).

Desta vez, quem decidiu por manter o ex-BBB na Pecan foi o desembargador Honório Gonçalves da Silva Neto, da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS). Segundo ele, mesmo com a alegação de que não sabia que consumidores não estavam recebendo os produtos adquiridos pelo site, o influenciador não impedia que continuassem efetuando compras.

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“Fundada a segregação na gravidade concreta dos fatos (mormente diante do vultoso número de vítimas que, em grande parte, adquiriram os bens e satisfizeram o pagamento com sacrifício financeiro, contraindo dívidas, inclusive) e no risco de reiteração criminosa, impositivo seu indeferimento, pois, de outra forma, não se estará acautelando a ordem pública”, disse o desembargador. 

Conforme divulgado pelo TJRS, Nego Di fez novo pedido sob alegação de falta de fundamentação da decisão que não concedeu a liberdade provisória, e ausência dos requisitos necessários à segregação.

A reportagem contatou a defesa do ex-BBB, mas não teve retorno até o fim da tarde desta sexta-feira (2). O espaço segue aberto para posicionamento.

Fraude

Dilson Alves da Silva Neto é acusado de crimes de estelionato qualificado pela fraude eletrônica (17 vezes) e investigado, dentre outros, por crimes de estelionato, lavagem de dinheiro, fraude tributária e rifa eletrônica.

Ele e Boneti são suspeitos de lesarem pelo menos 370 vítimas, do RS e de fora do Estado, entre 18 de março e 26 de julho de 2022. Compradores do site “Tadizuera” relataram que adquiriram produtos diversos – televisores, celulares, eletrodomésticos – pela página virtual, mas não receberam os itens e, tampouco, obtiveram a devolução dos valores pagos.

Encontrados em Santa Catarina

Nego Di foi encontrado e preso no dia 14 de julho deste ano em Jurerê Internacional, capital catarinense, dois dias após pedido de prisão preventiva. No mesmo dia, a Polícia Civil do RS realizou uma coletiva de imprensa e detalhou os passos da investigação.

Estima-se que o influenciador tenha movimentado mais de R$ 5 milhões com o golpe virtual. Ele foi levado para a Pecan no fim daquele domingo, quando Boneti foi dado como foragido.

Oito dias depois, o sócio foi localizado em Bombinhas, também em Santa Catarina, e levado para a penitenciária de Canoas. Uma coletiva de imprensa foi realizada pelas autoridades para detalhar o papel de Boneti no crime.

Ainda em julho, a Polícia Civil informou à reportagem que preparava um novo inquérito com 60 vítimas dos golpes em Porto Alegre. A estimativa é que a maioria dos lesados seja de Canoas, mas apenas 16 pessoas relataram o crime às autoridades.

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