O químico industrial Sérgio Alberto Seewald, de 66 anos, conhecido como o “mago do leite” ou o “alquimista”, teve prisão preventiva decretada pela Justiça em um processo que tramita na comarca de Teutônia desde 2014. A decisão está relacionada à prisão de Seewald naquele ano, quando foi preso em flagrante na cidade de Imigrante, no Vale do Taquari, por adulteração de leite em uma indústria de laticínios da qual era sócio.
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Apesar de ter sido preso há quase 10 anos, o processo contra Seewald ainda não teve julgamento, e ele deveria estar cumprindo medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica. No entanto, nem o cartório judicial de Teutônia nem a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) providenciaram a instalação do equipamento até o momento.
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Na última semana, novos desdobramentos envolvendo o químico vieram à tona após a operação Leite Compensado revelar a adulteração de leite na empresa Dielat, de Taquara, na qual o “alquimista” atuava. Em razão desses acontecimentos, o Ministério Público formulou um novo pedido de prisão preventiva contra ele, que foi aceito pela Justiça. A prisão foi determinada pela juíza Patricia Stelmar Netto, da 2ª Vara Judicial de Teutônia, na segunda-feira (16).
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“Especialmente o descumprimento da determinação de não trabalhar em laticínios fez com que a juíza de Teutônia revogasse a medida [liberdade provisória] e decretasse sua prisão, entendendo perfeitamente a posição do Ministério Público. Uma decisão muito importante, pois, agora, ele já conta com duas prisões preventivas, o que dificulta, sobremaneira, o seu retorno à atividade criminosa”, declara o promotor Mauro Rockenbach.
Seguia preso em razão da operação de semana passada
A nova preventiva foi cumprida. Seewald foi notificado na prisão sobre a nova decisão, já que está preso desde o dia 11, em razão da nova fase da operação Leite Compensado contra a empresa de Taquara. O “alquimista” foi capturado em casa, em Imbé, no litoral norte.
Seewald é acusado de participar ativamente de esquemas fraudulentos que utilizavam substâncias químicas, como soda cáustica e água oxigenada, para adulterar leite, prática que coloca em risco a saúde dos consumidores.
O Ministério Público segue investigando o envolvimento de Seewald em fraudes do setor lácteo e sua relação com empresas que comercializaram os produtos adulterados. A prisão preventiva decretada agora reforça as acusações que ele já enfrenta desde 2014, consolidando sua posição como um dos principais nomes associados às fraudes no leite no Rio Grande do Sul.
A defesa de Seewald foi contatada para manifestação, mas não retornou até a publicação da reportagem. O espaço está aberto para posicionamento.
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