O desaparecimento de Jéssica de Oliveira, 30 anos, segue sem um desfecho. A moradora de Sapucaia do Sul, no Vale do Sinos, se comunicou com a família pela última vez no dia 1º de fevereiro. Na ocasião, por volta das 14h40, realizou uma ligação por videochamada com a irmã e o filho. “Estou na Lomba Grande [área rural de Novo Hamburgo]”, teria dito.
No entanto, na última quarta-feira (28) o perfil de Jéssica curtiu algumas fotos da irmã mais nova, de 14 anos. Conforme a mãe da jovem, Rita de Cássia Oliveira, 46, as imagens eram do filho de Jéssica, um menino de 5 anos. “Minha filha está viva ou tem alguém se passando por ela nas redes sociais”, afirmou.
Rita de Cássia, que é cozinheira, diz que as curtidas continuaram nos dias seguintes. “O meu irmão me ligou desesperado, falou que a Jéssica também curtiu publicações dele. Toda a família está preocupada. Queremos saber quem está usando o celular dela”, relata Rita.
A cozinheira também acredita que, quem tem utilizado o perfil da filha, está envolvido com o desaparecimento. “Ela tinha um bom dinheiro guardado no banco e uma quantia foi retirada da conta-corrente. Sobrou pouco. Estão usando o dinheiro da minha filha.” Rita afirma que Jéssica, que trabalhava como acompanhante de luxo, não utilizava cartões de crédito, muito menos dinheiro. “Era só Pix”, completa.
Veículo incendiado e ossada encontrada
O veículo de Jéssica, um Volkswagen Polo, foi encontrado na noite de 2 de fevereiro, dia seguinte ao desaparecimento. Segundo a Polícia Civil, o carro estava incendiado no bairro Primavera, em Novo Hamburgo. Devido à área de difícil acesso, uma retroescavadeira precisou ser utilizada para retirar o automóvel. No local, não havia nenhum vestígio da vítima.
Já no dia 21 de fevereiro, a Polícia encontrou uma ossada no bairro Lomba Grande. Testemunhas relataram que um cachorro foi visto carregando um crânio na boca na Estada Saldi Emilio Cassel. O restante do corpo estava em uma área de mata, no interior de um saco branco.
A Brigada Militar (BM) comunicou que, pelas vestimentas, os restos mortais deveriam ser de uma mulher. O Instituto-Geral de Perícias (IGP) foi acionado. Segundo Rita de Cássia, a Polícia Civil entrou em contato para saber quais roupas Jéssica estava usando quando falou com a irmã no dia 2.
Porém, apesar das suspeitas, a Polícia Civil não confirmou se há uma ligação entre a ossada encontrada e o desaparecimento de Jéssica. As investigações continuam em andamento.
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