A operação desencadeada nesta quarta-feira (18), que investiga políticos suspeitos de trocar apoio político com membros de uma facção criminosa por contratos milionários com a Prefeitura de Parobé, tem como alvos nomes de destaque do alto escalão do governo municipal.
LEIA MAIS: Prefeitura da região e facção criminosa teriam negociado contratos de mais de R$ 40 milhões
Além do prefeito Diego Dal Piva da Luz, o Diego Picucha, que foi alvo de um mandado de busca e apreensão em sua residência, localizada na Fazendo Pires, nas primeiras horas da manhã, dois advogados ligados à cúpula da administração e um ex-diretor da Prefeitura também são investigados pela força-tarefa.
Um dos principais alvos é o procurador-geral do município, o advogado Marcos Vinicius Carniel, que havia se licenciado do cargo para disputar a Prefeitura de Taquara. Após ser derrotado nas eleições de outubro, Carniel retornou à função.
CONFIRA ESSA: Assinado contrato para um novo aeroporto na região metropolitana; veja detalhes
Outro nome na lista é o do advogado Vinicius Felippe, chefe de gabinete de Picucha, segundo o portal da transparência. Felippe também já ocupou o cargo de secretário de Administração e, recentemente, estava à frente da equipe de transição em nome do prefeito eleito, Gilberto Gomes.
O terceiro investigado é Lucas Micael Fernandes, que até abril deste ano era diretor de Cultura, um departamento vinculado à Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Turismo, Esporte e Lazer de Parobé.
Contraponto
A assessoria da Prefeitura informou que o prefeito Diego Picucha deve se manifestar publicamente ainda nesta quarta-feira. O ABCmais tentou contato com Carniel e Felippe, mas não obteve resposta até a publicação deste conteúdo. A reportagem também não conseguiu localizar a defesa de Fernandes. O espaço segue aberto para a manifestação de todos os citados.
Quantos mais estão na lista?
De acordo com o Ministério Público, a 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) autorizou o cumprimento de 41 mandados de busca e apreensão em locais relacionados aos investigados, como a sede do Poder Executivo de Parobé, residências, escritórios e empresas.
Durante a operação, foram apreendidos documentos, equipamentos eletrônicos e efetuado o sequestro judicial de bens, incluindo 59 veículos e 33 imóveis.
MEGA DA VIRADA: Apostas liberadas para o maior prêmio da história; como participar
Ao todo, 42 pessoas físicas e jurídicas estão sendo investigadas, entre elas outros advogados, familiares de um vereador da cidade, a viúva e dois filhos de um ex-vereador, além de um empresário do setor de construção civil e revenda de automóveis.
CONFIRA TAMBÉM: “Levou tapa na cara”: Família de Priscila Diniz relata que sogra agrediu nora antes de planejar assassinato
A Operação Confraria é resultado de uma investigação que durou 2 anos. De acordo com o MP, de 2020 a 2024, foi apurado que uma facção criminosa negociou apoio político em troca de contratos no valor de R$ 40 milhões com integrantes da Prefeitura local em processos licitatórios suspeitos e até um cargo em comissão de um faccionado que ameaçava opositores.
Ver essa foto no Instagram
LEIA TAMBÉM
- Categorias
- Tags