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NA REGIÃO METROPOLITANA

Quem é a terceira pessoa envolvida no caso do guru espiritual suspeito de violência e crimes financeiros

Ao todo, três pessoas devem cumprir as medidas cautelares impostas pela Justiça, o que inclui o uso da tornozeleira eletrônica

Nadine Funck
Publicado em: 17/12/2024 às 16h:54 Última atualização: 17/12/2024 às 16h:55
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Uma nova decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) colocou os holofotes do caso do suposto guru espiritual, Adir Aliatti, de 69 anos, investigado por diversos crimes em uma comunidade de Viamão, na filha dele, de 40 anos. A partir desta terça-feira (17), as medidas cautelares impostas a Aliatti foram estendidas à mulher, o que inclui o uso de tornozeleira eletrônica.

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Seita de guru espiritual é alvo de operação da Polícia Civil no RS | abc+



Seita de guru espiritual é alvo de operação da Polícia Civil no RS

Foto: Polícia Civil

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Na semana anterior, a delegada Jeiselaure de Souza não detalhou quem seria o segundo investigado. Nesta terça, o TJRS relevou que se tratava de um dos filho dele, 42. Pai e filhos devem respeitar as decisões da Justiça, como, além do monitoramento eletrônico, a proibição de se aproximar e manter contato com as vítimas e familiares, além de manter distância mínima de 100 metros; e a suspensão dos passaportes, documentos que precisam ser entregues em Cartório em até 24 horas após a decisão.

O descumprimento por parte de qualquer um deles poderá acarretar a decretação de prisão preventiva.

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Qual a ligação da filha com o caso?

Aliatti foi alvo de busca e apreensão na última semana. Ele foi denunciado por ex-integrantes da comunidade Osho Rachana por crimes financeiros, agressões físicas, verbais e psicológicas. Estima-se, conforme a delegada, que o suposto guru tenha desviado cerca de R$ 30 milhões.

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De acordo com o TJRS, surgiram indícios do envolvimento da filha durante a investigação da Polícia Civil. Ela é apontada como suposta responsável pelo gerenciamento dos recursos financeiros da comunidade, assim como pela coordenação das atividades em outro estado. Conforme relatos, a mulher organizava a venda de livros pelas vítimas, com os lucros revertidos para a comunidade terapêutica.

A decisão também determinou sigilo no processo até a conclusão das diligências. A investigação continua.

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Danos financeiros e psicológicos

Pelo menos cinco pessoas teriam tido danos financeiros significativos, o que inclui a coação para fazer empréstimos e uso de cartões de créditos para destinar à comunidade. As vítimas relataram prejuízos financeiros e abalos psicológicos. Para a Justiça, os mandados de busca e apreensão cumpridos pela polícia na segunda semana de dezembro reforçaram as acusações.

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Um dos investigados teria confessado ter perdido mais de R$ 300 mil em apostas online e estaria planejando fugir com o restante do dinheiro. 

No dia 5 deste mês, o magistrado já havia determinado o sequestro de bens móveis e imóveis e o bloqueio de contas bancárias, com o objetivo de impedir a dilapidação (destruição) do patrimônio e garantir a reparação dos danos às vítimas. As medidas também buscam custear eventuais penas de multa e custas processuais.

O que diz a defesa

Para a defesa de Adir Aliatti, representada pelo advogado Rodrigo Oliveira de Camargo, “os fatos expostos estão distorcidos” e há uma “perseguição midiática” com o cliente. A reportagem reitera que todas as informações divulgadas até o momento foram reveladas pela Polícia Civil e, nesta terça, pelo TJRS. 

Sobre os relatos de ex-integrantes, o advogado do guru disse que “os denunciantes optaram por livre e espontânea vontade viver em sistema de subsistência, assim como ajudaram a gerenciar os valores arrecadados com os diferentes empreendimentos do grupo”.

Em última nota enviada à reportagem, Camargo afirmou que o resultado dos investimentos feitos pelos membros eram revertidos à comunidade e que os empréstimos bancários que favoreceram o espaço foram feitos em nome de Aliatti com aval dos moradores. “As alegadas coações jamais ocorreram.”

Ele informou ainda que o cliente “sempre se manteve ao dispor das autoridades”. “Para a defesa, cabe relembrar que a maioria dos denunciantes detinha cargos de coordenação na Comunidade, aplicavam as terapias, assim como convidavam novas pessoas para participar da comunidade.”

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