“Já se passaram mais de dois meses e a dor da saudade só aumenta.” Assim começa a carta escrita por familiares de Priscila Alves Diniz, 34 anos, que morreu em 14 de outubro, dois dias após ser atacada por criminosos na chegada ao restaurante onde trabalhava no bairro Canudos, em Novo Hamburgo.
Desde então, a família vive o luto. “Ela [Priscila] sempre trabalhou, foi ensinada a lutar pelos seus sonhos.” Entre as lembranças mais afetivas está a formatura no curso de gestão em Recurso Humanos (RH). “Amava a profissão, era dedicada. Abriu mão de trabalhar com o que gostava para ajudar o Jonas no restaurante”, relata uma familiar, que optou por não se identificar.
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No texto enviado à reportagem, os familiares lembram do relacionamento abusivo com a sogra, Terezinha da Silva, presa e indiciada por planejar o assassinato da nora. No entanto, afirmam que Priscila e Jonas Diniz da Silva, 41, se davam bem. “Queremos saber por quê ele não nos procurou, se gostava tanto assim dela. Sabendo que éramos os bens mais preciosos dela.”
Agora, dois meses após a morte de Priscila e 16 dias da soltura de Silva, que ficou preso por 43, a família da vítima não quer a aproximação do viúvo. “Sempre gostamos dele, mas tempo ele teve [para se aproximar], queremos apenas as roupas dela. É a única coisa que pedimos, que nos deixe pegar os pertences, o que nos restou dela.”
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Segundo a família, diversos contatos foram feitos, mas sem sucesso. “Sempre recebemos negativas, dizem que vão falar com o advogado dele.”
Enquanto isso, as lembranças boas aliviam um pouco a dor. “A família crê muito na Justiça de Deus. Queremos justiça.”
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