VIOLÊNCIA
Priscila Diniz: A história por trás do ataque brutal a comerciante em Novo Hamburgo
Vítima de 34 anos chegava para trabalhar no restaurante da família no momento do crime; arma de atirador falhou ao menos 9 vezes antes de acertar a mulher
Última atualização: 15/10/2024 10:51
Em choque com o crime brutal contra a comerciante Priscila Diniz, testemunhas e moradores do bairro Canudos, em Novo Hamburgo, questionam-se sobre o motivo da tentativa de execução da trabalhadora de 34 anos. Ela não resistiu aos ferimentos e teve a morte confirmada na tarde desta segunda-feira (14).
Após a confirmação da morte, o marido de Priscila, Jonas Ritter, de 41 anos, lamentou a perda da esposa: “É uma dor muito grande”, declarou à reportagem.
O velório da jovem teve início na manhã desta terça-feira (15) no Cemitério Jardim da Memória.
Grave dano cerebral
Levada ao Hospital Municipal de Novo Hamburgo (HMNH) após ser baleada, Priscila passou por cirurgia e ficou internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Na casa de saúde, a situação era considerada crítica. Nota da Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (FSNH), divulgada no domingo, dizia que a paciente estava com grave dano cerebral e permanecia ligada aos aparelhos.
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Arma falhou ao menos 9 vezes
O ataque aconteceu no começo da manhã do último sábado (12), por volta das 6h45, quando atirador e comparsa chegaram em uma motocicleta na sequência de Priscila, que trabalharia a partir daquele momento no restaurante da família, na Rua Vereador Darci Jaime Keler.
Durante a ação dos bandidos, a arma do atirador falhou ao menos nove vezes antes de Priscila ser baleada.
Uma pessoa que chegou ao local logo após o crime, e que prefere não ser identificada, disse que a cena no local "foi horrível". “Foram para executar ela, mas não sabemos por quê”, lamenta a testemunha.
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O ataque
Imagens do ataque, gravado por câmeras de monitoramento, mostra Priscila sendo surpreendida assim que estacionou uma moto Honda Biz na frente do restaurante. Os criminosos chegaram quase junto e o caroneiro desceu da moto com uma arma já apontada para a cabeça da comerciante.
A vítima tirou o capacete, possivelmente a mando do assassino, que passou a apertar o gatilho diversas vezes contra ela. Priscila parecia implorar pela vida, segurando o capacete na mão esquerda. Ela largou o objeto e chegou a erguer os dois braços, na posição de vítima rendida e indefesa, até que, encurralada no outro canto da entrada do restaurante, foi atingida à queima-roupa.
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Com o disparo, o comparsa, que aguardava em uma moto ligada, arrancou em fuga. O atirador foi embora com a Biz da vítima, encontrada abandonada na Rua Vidal Brasil no fim da manhã. O veículo foi recolhido para perícia.
Os criminosos ficaram o tempo todo de capacete. Eles estavam há meia hora rondando o restaurante à espera da vítima.
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Investigação
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Novo Hamburgo está atrás de imagens do entorno do restaurante ao local onde a moto da vítima foi abandonada, para traçar a rota dos criminosos e tentar identificá-los.
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Colaboraram: Juliana Flor, Juliano Piasentin e Silvio Milani