Preso no Amazonas, saiba se marido que matou catequista dentro de igreja estará no próprio júri

O construtor César Luís Velho, 60 anos, que irá a júri em 90 dias pelo assassinato da esposa, a professora aposentada e catequista Elaine Maria Tretto, está preso no Amazonas desde 2022, quando tentou encaminhar a segunda via de uma carteira de identidade com documentos falsos. Na época, ele figurava na lista de procurados da Interpol pelo crime cometido contra a Eliane em agosto de 2017.

Até então, o Ministério Público gaúcho (MPRS) e a Justiça local não haviam solicitado a transferência do acusado ao Rio Grande do Sul para que cumprisse prisão preventiva pelo feminicídio em algum presídio do Estado. Entretanto, com o agendamento do julgamento do caso para outubro deste ano, a 1ª Vara Criminal do Fórum de Estância Velha determinou a transferência do réu ao RS.

De volta à cidade onde cometeu o crime bárbaro

No mesmo despacho em que confirmou o júri de César Velho para às 9 horas do dia 24 de outubro no plenário da Câmara de Vereadores, o juiz Marcio Paranhos Dias também determinou a transferência do acusado.

A Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) está incumbida de promover a movimentação do apenado, mas ainda não há uma data prevista para isso acontecer.

Essa será a primeira vez que César Velho voltará ao Estado depois do feminicídio, visto que, após o crime, cometido no dia 31 de agosto de 2017, o construtor fugiu de Estância Velha ao perceber que era alvo da investigação da Polícia Civil.

O Setor de Investigação da Delegacia de Polícia (DP) de Estância Velha descobriu, na época, que o acusado fugiu rumo à região norte do País ao identificar multas que levou durante a fuga. Ele estava na direção do seu veículo, que nunca mais foi localizado.