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VIOLÊNCIA

"Por que atiraram?": morte de jovem após perseguição policial em Novo Hamburgo é um caso nebuloso

Pai de uma menina de três anos, leopoldense foi baleado em carro que não teria parado para a Brigada Militar

Publicado em: 07/04/2024 às 20h:01 Última atualização: 08/04/2024 às 17h:49
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A morte de um jovem após perseguição policial em Novo Hamburgo, no feriado municipal de sexta-feira, deixou uma menina de três anos sem pai e uma série de perguntas sem respostas. “Por que atiraram?” O questionamento é de um amigo, que pede para não ser identificado. A Brigada Militar não explica como aconteceu. A Polícia Civil também não.

Conforme testemunhas, o motoboy Rafael Gonçalves dos Santos, 25 anos, estava na carona de um automóvel que não teria parado para abordagem de uma equipe da BM, no início da madrugada, no bairro Santo Afonso. Levou um tiro na cabeça e deu entrada no Hospital Municipal por volta de 1h45. Morreu às 14h35. Morador do bairro Santa Marta, em São Leopoldo, Rafael foi enterrado na cidade na tarde de sábado, no Cemitério da Piedade, no Arroio da Manteiga.

Rafael Gonçalves | abc+



Rafael Gonçalves

Foto: Rafael goncalves

Manifestações

“Era um piá bom, trabalhador”, comenta o amigo. Manifestações foram postadas nas redes sociais: “Hoje mais uma família chora com a perda de um guri incrível, com uma vida toda pela frente, mas que foi interrompida por alguém que se achava no direito de tirar a vida de alguém. Descanse em paz, Rafa”, publicou uma jovem.

Um amigo próximo seria o motorista

O carro, de modelo não identificado, estaria sendo dirigido por um amigo próximo de Rafael. Ele não teria parado para a BM porque estaria sem documentos obrigatórios. A corporação só se manifesta por meio de uma nota. Diz, em síntese, que “foi instaurado inquérito policial militar para elucidar os fatos e eventuais responsabilidades”.

Não esclarece, porém, como e onde no bairro Santo Afonso aconteceu a perseguição. Também não fala sobre o motivo do tiro e se só houve o disparo que atingiu a vítima. Os desdobramentos, como possível apreensão do veículo e responsabilização do motorista, também não são respondidos.

A delegada de Homicídios, Marcela Ehler, responsável pela investigação, é sucinta. “O máximo que posso dizer é que ocorreu no Santo Afonso e foi durante uma perseguição. O veículo em que ele estava empreendeu fuga, após ser determinada a abordagem pela BM.”

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