A cozinheira Rita de Cássia Oliveira, 46 anos, conta que, na noite de quarta-feira (21), recebeu telefonema da Polícia sobre o encontro de uma ossada humana no bairro Lomba Grande, em Novo Hamburgo. Os restos mortais serão periciados para ver se são da filha dela, Jéssica de Oliveira, 30, desaparecida há mais de 20 dias.
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“Queriam saber da roupa que a Jéssica vestia. Minha filha caçula (adolescente de 14 anos), que morava com a Jéssica e agora está comigo, informou que era uma calça jeans e um top preto.” A notícia deixou dúvida angustiante. “Será que é o corpo dela?” Segundo a mãe, ninguém da família foi chamado para exame de DNA. “Só perguntaram da roupa. A gente está esperando um retorno.”
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Os restos mortais foram localizados por volta das 16 horas de quarta, depois de um morador ver um cachorro com um crânio na boca, nas imediações da Estrada Saldi Emilio Cassel. A ossada estava danificada porque um caminhão havia passado por cima. No mato, em um saco, estava o restante do corpo.
A vestimenta sugere que o cadáver seja de uma mulher. Pelo avançado estado de decomposição, não seria de uma pessoa morta há menos de um mês. A não ser que o cadáver tenha sido consumido por animais na mata.
O caso
Jéssica é contratada para um programa sexual, por meio de um site de acompanhantes, e sai de casa no início da tarde de 1º de fevereiro.
Às 14h41, em chamada de vídeo para o filho de 5 anos e a irmã adolescente, diz que está em Lomba Grande. Parece preocupada, dentro do carro dela, um Polo branco. No banco do carona, aparece um homem de braço tatuado.
Preocupada, a irmã adolescente tenta novo contato, mas o celular de Jéssica já está sem sinal. Pelo rastreamento, a Polícia sabe que o local é em área isolada de Lomba Grande.
Às 17h40, com a ocorrência de desaparecimento recém registrada, o Polo é captado por câmeras na Rua Guia Lopes, perto do Porto Seco, na altura do bairro Santo Afonso, mas sem definição de imagem para ver quem está dirigindo ou quantas pessoas há no veículo
Por volta das 21h30 do dia seguinte, o carro é encontrado incendiado em mata de difícil acesso à margem da Rua Presidente Lucena, bairro Primavera, sem vestígios de vítima. Foi necessário uma retroescavadeira para a remoção.
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Conforme revelado pela reportagem na quarta-feira, Jéssica era ameaçada por um traficante do Vale do Sinos. Ela também fazia visitas íntimas para presos da Penitenciária Modulada de Montenegro.
O caso é investigado pela 2ª Delegacia de Polícia de Sapucaia do Sul. Em razão da greve de silêncio dos delegados por aumento de salário, somente a Delegacia Regional de Canoas pode se manifestar, mas a direção do órgão não é encontrada.
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