DINHEIRO PÚBLICO

Polícia investiga licitação de prefeitura da região que pagou R$ 200 mil para empresa em 2018

Pagamento foi efetuado pelo Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores Municipais de Gravataí (Ipag)

Publicado em: 14/08/2024 16:43
Última atualização: 14/08/2024 19:04

A Polícia Civil deflagrou na manhã desta quarta-feira (14) a Operação Soldanus, que investiga suposto direcionamento de licitação e desperdício de dinheiro público em Gravataí, na região metropolitana. Conforme a Polícia, a investigação iniciou após o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS) constatar irregularidades em um processo para a precificação da folha de pagamento dos servidores municipais de Gravataí.

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Operação da Polícia Civil apura corrupção em Gravataí Foto: Polícia Civil

Os mandados foram cumpridos no Rio Grande do Sul (Gravataí e Alvorada) e Minas Gerais (Belo Horizonte). Segundo a Polícia, o contrato entre o poder público e a empresa foi prorrogado duas vezes após cálculos errados por parte da prestadora de serviços.

Estima-se que o Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores Municipais de Gravataí (Ipag) efetuou o pagamento de R$ 218,4 mil de forma direta e indevida à empresa investigada. Documento, computadores e celulares foram apreendidos e devem passar por análise.

A prefeitura de Gravataí emitiu uma nota, afirmando que as supostas irregularidades relativas à concessão da folha de pagamento dos aposentados e pensionistas, teriam sido cometidas em 2018, na gestão anterior. O Executivo destacou que em 2024, uma nova adjudicação foi realizada para a administração da folha, sem a participação de intermediários e reforçou que está à disposição dos órgãos de controle e da Polícia Civil.

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A reportagem do Grupo Sinos entrou em contato com o ex-prefeito Marco Alba (MDB), que estava à frente da prefeitura em 2018. Em nota, a assessoria afirmou que o contrato em questão não envolve a gestão do Executivo. "Se trata de uma autarquia [Ipag] que tem plena autonomia gerencial, patrimonial e financeira. Seus atos não passam pelo Executivo." 

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