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INVESTIGAÇÃO

Polícia descarta uma hipótese em caso de mortes após comer bolo suspeito em Torres; entenda

Seis pessoas de uma mesma família procuraram atendimento médico após consumir o bolo na samana passada; três delas morreram e duas seguem internadas

Publicado em: 28/12/2024 às 13h:25 Última atualização: 28/12/2024 às 14h:44
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O caso do bolo, que levou à morte de três pessoas e à internação de outras duas da mesma família, não está mais sendo investigado como possível intoxicação alimentar. Entretanto, a Polícia Civil descarta que tenha acontecido um envenenamento intencional.

ENTENDA: O que o IGP analisa no caso do bolo suspeito que teria causado a morte de três pessoas


Sete pessoas de uma mesma família procuraram atendimento médico após consumir o bolo na samana passada | abc+



Sete pessoas de uma mesma família procuraram atendimento médico após consumir o bolo na samana passada

Foto: Polícia Civil/Reprodução


A Polícia Civil descartou a hipótese de intoxicação alimentar como causa das mortes e internações, de acordo com informações da rádio Gaúcha ZH, na manhã deste sábado (28). O caso continua a ser investigado como homicídio por possível envenenamento. Entretanto, as provas colhidas até o momento indicam se tratar de um crime culposo, quando não há a intenção de matar.

As principais provas que levaram ao descarte do homicídio intencional foram os mais de dez depoimentos tomados sobre os envolvidos. Conforme as pessoas ouvidas, a vida da família era “harmoniosa”.

Ainda assim, o caso pode mudar de acordo com novas provas, pois a Polícia ainda apura a possibilidade de que o possível envenenamento tenha sido intencional. “É um inquérito que precisa de muita cautela”, disse o delegado Marcos Vinícius Veloso, responsável pelo caso, à rádio.

Além disso, na última sexta-feira (27), a Polícia Civil cumpriu seis mandados nas casas de pessoas que estão relacionadas ao caso, onde foram apreendidos ingredientes que possam ter sido usados para fazer o bolo.

As análises laboratoriais do sangue de dois sobreviventes indicaram a presença de arsênio. A substância é extremamente tóxica e pode levar à morte. Conforme a Universidade de São Paulo (USP), produz efeitos nos sistemas respiratório, cardiovascular, nervoso e hematopoiético.

O delegado Marcos Veloso, junto à Delegacia de Polícia Civil de Torres, afirma que está aguardando os laudos periciais para que possam ser analisados junto com as provas já coletadas no inquérito.

LEIA MAIS: Substância extremamente tóxica é encontrada no sangue de sobreviventes após ingestão de bolo suspeito

O caso

Na última segunda-feira (23), seis* pessoas da mesma família buscaram atendimento médico em Torres, por volta das 18 horas, após comerem um bolo durante uma confraternização familiar de Natal. Delas, três morreram, duas permanecem internadas e uma foi liberada.

As vítimas são as irmãs Neuza Silva dos Anjos, de 65 anos, e Maida Berenice Silva dos Anjos, 58, além da filha de Maida, Tatiana Denise Silva dos Anjos, 43, que faleceram. Zeli Teresinha da Silva dos Anjos, de 61 anos, que fez a sobremesa para a confraternização, e o filho de 10 anos de Tatiana seguem internados no Hospital Nossa Senhora dos Navegantes.

Os sobreviventes estão “clinicamente estáveis”, conforme boletim divulgado nesta sexta-feira (27).

*Correção feita de sete para seis pessoas, às 13h49 deste sábado (28).

Em nota, a Delegacia de Polícia Civil de Torres e o delegado titular Marcos Vinicius Muniz Veloso, afirmaram que continuam trabalhando de forma interrupta e contínua para que o caso seja solucionado. “Informamos que estamos aguardando a juntada de laudos periciais, para que possamos analisar em conjunto com toda a prova já coletada no bojo do Inquérito Policial”, escreveram.

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