Um homicídio motivado pela possível revelação de um segredo. Este é o começo da investigação que levou à prisão preventiva de uma mulher em Canoas no último dia 20. Além de ser apontada como mandante da morte do ex-companheiro, ela é alvo de outra suspeita: a compra de um bebê.
CLIQUE AQUI PARA RECEBER NOSSA NEWSLETTER
CLIQUE AQUI E FAÇA PARTE DA COMUNIDADE DO DIÁRIO DE CANOAS NO WHATSAPP
O assassinato aconteceu no dia 7 de dezembro, quando a vítima, de 38 anos, acabou atingida por quatro tiros em frente a uma residência no bairro Niterói. O suspeito de executar o crime foi preso horas depois.
Segundo a apuração conduzida pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Canoas, a mandante do crime seria uma mãe de Santo popular na cidade, que manteve um relacionamento amoroso com o homem por cerca de oito meses.
Conforme a delegada Graziela Zinelli, ele teria sido executado por ameaçar divulgar que ambos teriam comprado um bebê e registrado a criança de forma fraudulenta, como sendo seus pais biológicos.
“Através do registro de nascimento foi apurado que o bebê teria nascido em meados de outubro e que a gestante teria dado entrada, já em trabalho de parto, munida apenas de uma ocorrência policial de perda de documentos”, explica a titular da Homicídios. “Posteriormente, o registro do nascimento no cartório surgiu com os documentos da suspeita presa por homicídio.”
LEIA TAMBÉM: “Ouvi estalos e tirei minha família de casa”, diz proprietário de residência atingida por incêndio em Novo Hamburgo
A delegada observa que não pode dar detalhes para não comprometer o curso da investigação, mas garantiu nesta sexta-feira (3) que a Especializada segue em diligências para resolver o mistério. A mãe biológica da criança é procurada pela polícia, já desapareceu desde que deixou o hospital.
Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) a venda de um bebê é crime previsto no artigo 238, que aponta: “Prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a terceiro, mediante paga ou recompensa: Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa.”
A delegada confirma que o bebê está sob a guarda do Estado. “Continuamos em diligências para solucionar o caso e comprovar se houve ou não a venda do recém-nascido”, conclui.
Entenda o crime
Na noite do dia 7 de dezembro, a mãe de Santo combinou com o ex-companheiro que mandaria um carro de aplicativo até a residência em que ele estava para lhe entregar pertences religiosos.
Em determinado momento, ela avisou, por meio do aparelho celular, que o veículo encaminhado estava chegando e que o ex poderia ir até a frente da casa para receber os objetos.
A vítima, então, foi para frente da residência e, na sequência à chegada do veículo, uma motocicleta estacionou e o condutor da moto começou uma discussão que culminou em uma série de disparos.
LEIA TAMBÉM
- Categorias
- Tags