Os suspeitos de envolvimento na chacina em uma lavagem de carros no último domingo (20) foram identificados pela Polícia Civil. A informação foi confirmada nesta terça-feira (22).
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Responsável pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Canoas, o delegado Arthur Hermes Reguse garante que policiais estão empenhados em uma ação ininterrupta desde a execução do crime.
“Nosso pessoal está na rua desde o domingo correndo atrás de pistas que levassem à indicação de suspeitos para o crime”, explica. “Felizmente, podemos dizer que, agora, a investigação está bem encaminhada.”
O delegado não dá detalhes sobre como a polícia chegou na identificação de suspeitos, mas aponta que o Kia Cerato encontrado no bairro Mathias Velho acabou sendo importante para a garantia do bom andamento do caso.
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“O carro passou por perícia rapidamente”, diz. “Não posso revelar muitos detalhes para não prejudicar a investigação, mas o importante é que estamos caminhando em direção à solução do caso”, expôs o delegado.
Reguse lamenta somente a pouca colaboração que a Polícia Civil vem recebendo. As informações que estão chegando não apontam nada além do que a polícia já sabe, sendo necessário mais apoio da comunidade.
“Precisamos de conscientização da população para ajudar com informações relevantes sobre o caso”, adverte. “Se a pessoa não tem nada a acrescentar, é melhor não usar o canal 0800, porque incide em tempo perdido para a polícia averiguar a denúncia”.
Quem tiver qualquer denúncia referente ao caso, pode acionar o 0800-642-0121. As denúncias anônimas também podem ser registradas pelo site pc.rs.gov.br.
“Não pouparam balas”
A Polícia Civil apura a hipótese do caso estar ligado a um homicídio cometido na última quinta-feira (17), quando um homem acabou executado a tiros após deixar a namorada em casa no bairro Guajuviras.
A vítima executada seria integrante de uma facção criminosa com atuação em Canoas. As mortes no domingo seriam em retaliação pelo assassinato por parte de criminosos oriundos do grupo criminoso rival.
“É a hipótese mais clara que temos até o momento”, frisa. “A eliminação de um alvo acabou na explosão de violência no domingo. Foram 87 tiros. Os caras não pouparam balas”, avalia Reguse.
Criança como testemunha
A lavagem estava aberta no momento do crime. Os suspeitos chegaram ao local e um deles conversava com uma das vítimas instantes antes.
Testemunhas apontam que o relógio se aproximava de 13h30 quando foram ouvidos os primeiros tiros no local. O ataque acabou sendo testemunhado por, pelo menos, quatro pessoas, incluindo uma criança.
Após os tiros, os criminosos fugiram em velocidade e abandonaram o carro, minutos depois, em uma garagem na Rua Taquari, no bairro Mathias Velho.
Irmãos mortos
Entre as vítimas estavam dois irmãos – que respondiam como donos do estabelecimento – um com 23 anos, sem antecedentes criminais, e outro com 24 e passagens pela polícia por tráfico e porte ilegal de arma de fogo.
Também acabou morto a tiros um jovem de 27 anos – identificado como funcionário da lavagem – que tinha antecedentes criminais por furto, roubo, tráfico e associação ao tráfico de drogas.
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