Foi em 1º de dezembro que, após um vendaval atingir Canoas, Matheus Matozo Soares, 24 anos, acabou passando de motocicleta por uma área onde estava caído um fio de alta tensão ligado. O trabalhador acabou morrendo eletrocutado ao se enroscar no cabo.
O caso gerou revoltou na população que vive no bairro Mathias Velho. Isso porque a área no cruzamento da Rua Ceará com a Guaporé havia sido isolada com cavaletes que não seriam suficientes para alertar o perigo.
A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar as circunstâncias que culminaram na morte do jovem. Em paralelo à apuração, foi montado um protocolo com outros agentes de segurança de maneira a impedir que um novo acidente aconteça.
Durante o temporal que aconteceu no último domingo (15) em Canoas, o delegado Marco Guns, da 1ª Delegacia de Polícia (DP) de Canoas, confirmou ter acompanhado os trabalhos no gabinete de gestão de crise da administração do Município.
“Houve um vento forte e isso novamente incidiu na queda de árvores e cabos de energia”, lembra. “Só que, desta vez, foi adotado o procedimento de isolamento com pessoas guarnecendo a área para que ninguém chegasse próximo ao local”, esclarece.
Na avaliação do delegado, eventos climáticos de grande proporção devem continuar acontecendo e isso reforça a importância de haver um padrão a ser seguido neste tipo de ocorrência.
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“Não dá para deixar um fio de energia faiscando no chão e virar as costas”, adverte. “É lamentável que precisou acontecer a morte de um jovem para que as pessoas entendessem o alerta, mas, pelo menos, estamos nos certificando de que não irá acontecer uma nova tragédia.”
Sobre o inquérito policial, Guns confirma que o processo não busca alguém para responsabilizar, mas, sim, esclarecer o que aconteceu para que isso não se repita.
“Conversei com representantes da Prefeitura de Canoas e também com a RGE para saber o que houve e como evitarmos uma nova tragédia”, confirma. “Imagine se uma criança tivesse passado pelo local enquanto o fio estivesse no chão?”
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Luto permanente
Pai de Matheus, Rogerio Soares confirma que a dor com a perda do filho permanece enorme, com a família recebendo apoio de parentes e amigos para continuar de pé neste final do ano.
“Não é fácil”, diz. “O Matheus era um guri trabalhador e dedicado em tudo que fazia. Não merecia o que aconteceu e continuamos buscando forças para seguir de pé.”
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