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O confronto entre criminosos e a Brigada Militar (BM) aconteceu minutos após o assassinato de um homem a tiros em uma mecânica do bairro Niterói.
Segundo a Brigada, os suspeitos acabaram interceptados por uma viatura discreta da corporação em uma área próxima ao muro da Base Aérea de Canoas.
Eles atiraram nos PMs, que responderam com fogo. Um PM acabou ferido na troca de tiros. Ele foi socorrido e encaminhado para a emergência do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), mas não corre risco de morte.
Também acabou ferido um dos bandidos envolvidos na ocorrência. Igualmente levado à emergência do Graças, permanecia em atendimento até a publicação desta reportagem. Além dele, outros dois foram capturados pela BM.
Entenda o caso
Um homem de 44 anos foi morto a tiros no final da manhã desta quarta-feira, em uma oficina mecânica no bairro Niterói, em Canoas. Ele era morador de Porto Alegre e estava de passagem pela cidade do Vale do Sinos. A vítima se trata de um ex-detento com longa ficha de crimes e envolvimento com o tráfico de drogas e entorpecentes.
Segundo a Polícia Civil, ele levou um carro para conserto no endereço. Acabou sendo surpreendido por criminosos em uma caminhonete Fiat Strada.
Testemunhas relatam que um dos criminosos desceu atirando. Foram mais de 30 tiros disparados contra o homem, morador de Porto Alegre, que morreu no local. Ninguém mais ficou ferido.
O delegado Carlos Assis, volante do Departamento Estadual de Homicídios e responsável pela ocorrência, não quis entrar em detalhes, mas confirmou a Strada usada no ataque fora encontrado hora depois abandonada.
“Foi tudo muito rápido e os criminosos atiraram a esmo para todos os lados”, disse. “Poderiam ter atingido mais alguém, o que, felizmente, não aconteceu”.
Farolete estragado
Conforme uma testemunha ouvida pela reportagem, a vítima estava conferindo um farolete estragado de uma Jeep Renegade quando aconteceu o ataque.
“Eu estava lavando o pátio com mangueira quando o senhor baleado e o dono da oficina estavam abaixados olhando o farolete do carro”, lembra. “De repente, desceu o cara atirando”.
A mulher, que preferiu não ser identificada, disse ter se escondido atrás do muro quando começaram os tiros. Observou, segundos depois, somente o veículo fugindo em velocidade em direção à BR-116.
“Não deu para ver quantos estavam dentro do carro, mas acho que eram dois, porque o rapaz desceu, atirou e, logo que embarcou no carro, saíram cantando pneu rumo à BR. Foi tudo muito rápido”, relatou.
Sigilo
Segundo o delegado Rafael Naves, que responde interinamente pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Canoas, é preciso aguardar até que sejam esclarecidas as implicações e motivações em torno do homicídio.
“O fato é muito recente e estamos em diligência ainda, então qualquer informação divulgada agora pode vir a prejudicar a investigação”, disse. “Por isso, por enquanto, vamos manter o caso em sigilo. Assim que for viável, vamos divulgar as informações pertinentes”.
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