Um policial militar da reserva de 65 anos foi condenado na quinta-feira (11) a 34 anos e seis meses de prisão por matar a ex-companheira em Torres. A sentença ocorre quatro anos e dois meses após o crime, que aconteceu no dia 30 de janeiro de 2020, na casa da vítima. O cumprimento inicial da pena será em regime fechado.
Conforme o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), o homem, na época do fato, inconformado com o fim do relacionamento, disparou quatro tiros contra a vítima na frente da filha do casal, que apenas tinha 10 anos. Após o crime, o autor fugiu, mas acabou sendo preso. Atualmente, segue internado no Instituto Psiquiátrico Forense (IPF), em Porto Alegre.
O promotor de Justiça Diogo Hendges, que atuou em plenário, explica que as qualificadoras foram motivo torpe, recurso que impossibilitou a defesa da vítima, a questão em si do delito ter ocorrido por questão de gênero, com o agravante de ter sido praticado na frente da menina.
Sobre a internação, o promotor informou que, em razão dos problemas mentais diagnosticados após a prática do crime, o condenado seguirá no IPF e, se apresentar melhoras, cumprirá o restante da pena em um presídio comum.
“Os jurados acolheram integralmente os pedidos do MPRS e, com base nas provas do processo, afastaram as teses defensivas de inimputabilidade e semi-imputabilidade, reconhecendo que o acusado, quando do cometimento do crime, estava dotado de plena capacidade mental, sabendo, portanto, que estava cometendo um crime.”
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