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Violência

PM aposentado é preso após atear fogo no carro do namorado da ex-mulher em Canoas

Suspeito de 55 anos vinha ameaçando a vítima compulsivamente nas últimas semanas, segundo apuração da Polícia Civil

Publicado em: 11/10/2024 às 17h:05
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O caso de um automóvel incinerado criminosamente durante a madrugada acabou culminando na prisão pela Polícia civil de um brigadiano aposentado, no início desta semana, em Canoas.

A delegada Angélica Giovanella Marques esclarece caso que levou à prisão do ex-PM



A delegada Angélica Giovanella Marques esclarece caso que levou à prisão do ex-PM

Foto: PAULO PIRES/GES

Foi na manhã última segunda-feira (6) que a Polícia Civil prendeu um Policial Militar aposentado suspeito de incendiar a carro do namorado da ex-mulher, após sucessivas ameaçadas cometidas contra a vítima.

Conforme a apuração, o suspeito teria arremessado material incendiário no veículo que pertence ao namorado da ex. O carro estava parado em frente a casa da mulher, no momento do crime, na madrugada do último domingo (6).

A polícia montou uma operação para levar à cadeia o homem de 55 anos após saber que ele guardava armas em casa e, conforme relato da vítima, já havia deixado clara a intenção de matá-la.

“Ele era uma ameaça em potencial”, explica a delegada Angélica Giovanella Marques, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Canoas.

“Tornou-se prioridade eliminarmos o risco que ele representava à vítima após sabermos da quantidade de armas que ele tinha em casa”, esclarece.

Embora preso em flagrante, a delegada esclarece que já foi pedida a prisão preventiva do suspeito devido ao risco que ele representa à vítima. Ela diz que o suspeito inclusive deixou clara a vontade de matá-la.

“Eles moram no mesmo bairro, o que potencializa o risco”, frisa. “Além disso, ele já deixou claro que só não matou a vítima ainda por causa da filha que eles têm”, conclui.

Somente em 2024, conforme os números da Secretaria Estadual de Segurança Pública, são, no mínimo, duas mulheres ameaçadas por dia em Canoas, que tem uma média de 70 ameaças por mês.

Embora um apontamento negativo, os 569 casos registrados pela Polícia Civil em Canoas representam uma diminuição de 28% no comparativo com o período homólogo, quando 797 casos chegaram ao conhecimento da polícia.

“Existe ainda um desconhecimento muito grande sobre o que é crime”, pontua Angélica. “As ameaças configuram crime grave. São etapas no ciclo em que muitas mulheres estão inseridas, às vezes até sem saber, em casa”.

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