Perito diz que morte dos quatro jovens encontrados em BMW foi lenta; veja o que laudo revela sobre o caso de Balneário Camboriú

Passados 11 dias da morte de quatro jovens dentro de uma BMW na estação rodoviária de Balneário Camboriú, a Polícia Científica de Santa Catarina confirmou que eles foram vítimas de intoxicação por monóxido de carbono. Gustavo Pereira Silveira Elias, 24 anos, Tiago de Lima Ribeiro, 21, Karla Aparecida dos Santos, 19 e Nicolas Oliveira Kovaleski, 16, morreram asfixiados. A confirmação foi feita pelo perito Fernando Fonseca, da Polícia Científica catarinense.

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De acordo com Fonseca, os jovens apresentavam manchas vermelhas muito fortes, características de uma decomposição rápida. A perita criminal Bruna Boff explicou que a saturação de monóxido de carbono era superior a 50% em três das vítimas. “A quarta estava com a saturação entre 49 e 50%, o que é basicamente o mesmo.”

A especialista reitera que uma taxa acima dos 40% já causa a morte de uma pessoa. “A concentração estava muito elevada. O sangue levou o monóxido aos órgãos, causando a intoxicação e posterior asfixia.”

Carro modificado

Já o perito Luiz Gabriel Alves, responsável pela investigação da engenharia, as modificações no veículo foram as principais causas da quantidade de monóxido de carbono no interior da BMW. “A potência do motor estava alterada e uma das peças rompida. O carro original conta com uma quantidade inferior do monóxido.”

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Alves diz que a atmosfera tóxica, causada pela alta presença de monóxido de carbono, ocasionou uma morte mais lenta aos jovens. “Com a troca do catalisador e escapamento sem passar por abadores, isso fez com que o gás tóxico fosse enviado para dentro do veículo, completamente fechado e o ar condicionado ligado, levando à intoxicação”, completa.

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Quarteto passou mal antes de morrer

Imagens captadas pelas câmeras de segurança da estação rodoviária de Balneário Camboriú, mostraram as quatro vítimas passando mal no lado de fora do veículo. Os vídeos também mostram o atendimento, quando alguns populares já se concentravam no entorno da BMW. Alguns inclusive ajudam os socorristas a retirarem os jovens de dentro do carro.

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As perícias apontaram que eles estavam respirando o monóxido de carbono desde o momento que deixaram a praia, após a virada de ano. Naturais de Minas Gerais, os jovens tinham se mudado um mês atrás para Santa Catarina, onde pretendiam empreender no ramo de redes sociais.

Eles viviam em Florianópolis, mas tinham ido passar a virada do ano em Balneário Camboriú, chegando a postar vídeos na beira da praia.