SAIU O LAUDO
Perícia confirma que professora vendia bolos de maconha em escola municipal de Estância Velha
Mais de meio quilo de doces com a substância foi apreendido no armário da servidora pública no trabalho
Última atualização: 26/08/2024 15:35
A suspeita se tornou uma certeza. Os cinco bolos apreendidos no armário de uma professora de 34 anos na Escola Municipal de Ensino Fundamental Prefeito Reinato Trein, no bairro Campo Grande, em Estância Velha, eram feitos com maconha. Conforme a perícia, foi constatada a presença do princípio ativo da substância nas análises feitas nos 517 gramas do produto. A servidora pública está afastada e responde a sindicância.
O caso foi revelado pela reportagem do Grupo Sinos. Quando feita a apreensão, na tarde de 16 de julho, o delegado de Estância Velha, Rafael Sauthier, declarou que não prendeu a professora em flagrante porque precisava da prova técnica. Antecipou que, se a perícia confirmasse a presença de droga, a indiciaria por tráfico.
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Variedade e preço
Agora com o laudo pronto, o inquérito deve ser concluído nos próximos dias. A investigação tem outros indícios, mantidos sob sigilo, de que a educadora vinha vendendo diferentes tipos de doces de maconha para colegas. Trocas de mensagens indicam até os preços das unidades. No momento, Sauthier não está se manifestando em razão da greve de silêncio da Associação dos Delegados de Polícia (Asdep) por reajuste salarial.
Abordagem foi feita na sala de aula
A apreensão foi conduzida pelo próprio secretário municipal da Educação, Gustavo Guedes. Com a denúncia de que uma professora estava vendendo “bolos de maconha” na escola, resolveu ir ao local com a Guarda Municipal. A abordagem foi constrangedora. A educadora foi chamada durante a aula, às 16h30, à sala da direção. Ela leciona para crianças.
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A servidora concordou em abrir o armário, entregou os bolos e confirmou que tinham maconha. Na delegacia, desconversou. “No depoimento, a professora disse que mantinha os bolos no armário, longe das crianças, até fazer a entrega para as pessoas que encomendavam. Ela relatou ainda que não sabe se eles contêm substância ilícita, alegando que não foi quem fez e que não provou”, revelou o delegado, na época.
Sindicância aguarda laudo
Nomeada em junho de 2022 como professora de anos iniciais, aprovada em concurso público, a servidora foi afastada do trabalho no dia seguinte ao da apreensão. A sindicância, aberta no mesmo dia, aguarda o laudo da perícia para a conclusão. A próxima etapa é um Processo Administrativo Disciplinar, que pode resultar na exoneração. Contatada nesta quinta-feira pela reportagem, a investigada não quis se manifestar. A direção da escola também preferiu não se pronunciar.