Um dos integrantes da quadrilha que fingiu ser um grupo de pedreiros para tentar invadir uma joalheria por um buraco na parede, em Novo Hamburgo, tem relação com a principal organização criminosa do Brasil e uma das mais poderosas da América Latina.
Preso durante a ação na noite do último sábado (24), na Rua Bento Gonçalves, os policiais militares ficaram surpresos ao consultarem a ficha criminal do suspeito, que apontou sua vinculação com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
O PCC é uma facção com mais de 100 mil membros, segundo estimativa do Ministério Público de São Paulo (MPSP). O grupo atua em todo o território brasileiro e tem ramificações em países da América Latina. A organização criminosa foi fundada em 1993, no anexo da Casa de Custódia de Taubaté, o Piranhão, no interior paulista. O presídio recebia os bandidos mais perigosos de São Paulo.
Embora tenha passagens pelo sistema prisional do principal estado brasileiro, o homem de 47 anos não tinha passagens pela polícia no Rio Grande do Sul. “Pelo menos, nunca tinha sido pego por aqui”, relatou um policial.
Prisão durante fuga em Kombi furtada
O paulista foi preso na companhia de outros três comparsas, todos moradores de Novo Hamburgo, quando foram surpreendidos pela Brigada Militar, por volta das 22 horas, após denúncia anônima. Os suspeitos ainda tentaram fugir, mas foram abordados em uma Kombi a poucos metros da joalheria. O veículo estava com placas clonadas e havia sido furtado em junho do ano passado, na Rua Vinte e Cinco de Julho, no bairro Rio Branco, em Novo Hamburgo.
De acordo com a Brigada Militar, os suspeitos pretendiam invadir a joalheria através de um buraco na parede a partir de uma sala comercial ao lado, que está para alugar. Para cometer o crime, os arrombadores se passaram por pedreiros e simularam a realização de uma obra.
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Segundo testemunhas, os quatro homens chegaram ao local do crime, na Rua Bento Gonçalves, por volta das 13 horas, com malas carregadas de ferramentas. Logo em seguida, os vizinhos ouviram bateção de obra no local, mas não desconfiaram. Entretanto, uma testemunha achou suspeita a atitude dos “trabalhadores”, que seguiam com a suposta obra até tarde da noite, e acionou a Brigada Militar.
Após a abordagem, os policiais foram até a sala comercial invadida pelos homens e se depararam com o buraco aberto na parede.
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