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DENÚNCIA

Padre que tinha pen drive com imagens perturbadoras vira réu por estupro de criança no RS

Padre da região metropolitana do RS foi afastado do sacerdócio no final de novembro, após prisão em flagrante

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Publicado em: 19/12/2024 às 14h:05 Última atualização: 19/12/2024 às 14h:09
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O padre de Guaíba, que guardava pendrives com imagens perturbadoras de menores de idade, encontradas pela Polícia Civil, se tornou réu pelo estupro de uma menina de 10 anos.

Pen drives com imagens perturbadoras foram encontrados na casa paroquial onde padre residia | abc+



Pen drives com imagens perturbadoras foram encontrados na casa paroquial onde padre residia

Foto: Polícia Civil

A denúncia do Ministério Público (MP) de Guaíba contra o líder religioso, feita em 13 de dezembro, foi aceita pela Justiça nesta terça-feira (17). O homem, de 41 anos, também virou réu pelo armazenamento de pornografia infantil.

As imagens só foram encontradas após a Delegacia de Polícia Civil (DPPA) de Guaíba conseguir um mandado de busca e apreensão contra o padre. Ele era suspeito na investigação do suposto abuso sexual contra a menina, que na época do fato tinha 9 anos.

Ao chegar na casa paroquial onde ele residia, foram encontrados pen-drives com mais de mil imagens pornográficas de crianças e adolescentes, guardados dentro de um roupeiro, segundo a Polícia Civil. No dia do fato, 29 de novembro, o padre havia sido preso em flagrante, mas foi solto dois dias depois pela Justiça, em audiência de custódia. Até início de dezembro, as imagens continuavam com o Instituto-Geral de Perícias (IGP) do RS, sendo pericíadas.

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Além da prisão, o padre foi afastado do sacerdócio pela Cúria Metropolitana, a sede administrativa da Arquidiocese de Porto Alegre. “A Igreja condena veementemente qualquer forma de crime e coopera integralmente com as autoridades na apuração dos fatos”, afirmou o arcebispo metropolitano de Porto Alegre, Dom Jaime Spengler, em nota.

A Polícia Civil afirma que o indicamento do padre foi feito após ouvirem testemunhas e o suspeito ser interrogado. Em nota, o MP informou que ele foi preso preventivamente no dia 9 de dezembro e permanece detido.

Conforme a PC, o padre confirmou que comprava material escolar para a criança e dava cestas básicas para a família dela, além de tê-la posto como coroinha da Igreja. A denúncia só foi feita após a menina relatar o que ocorria para a tia, que detém a guarda da criança. Entretanto, o líder religioso nega as acusações de abuso.

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) explica que o réu ainda será citado para responder à acusação. O processo segue sob sigilo para resguardar as vítimas, menores de idade, que aparecem nas imagens.

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O que diz a Arquediocese de Porto Alegre sobre o caso

Dom Jaime Spengler, afirmou, em nota, que a Arquediocese condena qualquer tipo de crime e, ainda, pediu orações pelos envolvidos.

Leia a nota na íntegra:

A Arquidiocese, ao tomar conhecimento da prisão do padre e sobre as suspeitas impetradas sobre ele, decretou a imediata suspensão do Uso de Ordens.

Manifestamos nosso compromisso com a verdade, a justiça e a proteção da dignidade de todas as pessoas, especialmente das crianças e adolescentes. A Igreja condena veementemente qualquer forma de crime e coopera integralmente com as autoridades na apuração dos fatos.

A Igreja não pode aceitar quaisquer tipos de comportamentos contrários aos princípios da moral e ética cristã.

Neste momento, pedimos orações por todos os envolvidos e reafirmamos nosso compromisso com a transparência, a ética e o respeito à dignidade humana.

Pelo cuidado com a vida de todos.

Dom Jaime Spengler
Arcebispo Metropolitano de Porto Alegre

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