SÃO LEOPOLDO E REGIÃO
Operação policial ataca grupo criminoso que ameaça comerciantes no bairro Feitoria
Integrantes da célula da organização criminosa identificam-se visualmente com a imagem de ETs, os quais estão presentes em vários muros ao longo do bairro Feitoria
Última atualização: 05/09/2024 08:52
Na manhã desta quinta-feira (5), a Polícia Civil, por meio da 1ª Delegacia de Polícia de São Leopoldo, deflagrou a Operação Consoante. A ofensiva tem como base inquérito policial instaurado em maio de 2023, que investiga crimes praticados por indivíduos pertencentes à célula de uma organização criminosa, atuante no bairro Feitoria.
Nesta primeira fase da operação foram cumpridas 41 ordens judiciais de busca e apreensão nas cidades de São Leopoldo, Guaíba, Taquara, Gravataí e Charqueadas. Até as 8h20, a investida já resultava em quatro presos, além da apreensão de duas armas, um veículo e joias. Duas prisões ocorreram em Montenegro, uma em Charqueadas e uma em São Leopoldo.
De acordo com a delegada Cibelle Altamiranda Savi, titular da 1ª Delegacia de Polícia de São Leopoldo, a investigação teve início por ocorrências de 2023 de delitos como roubo com lesões, tráfico de entorpecentes e também uma apreensão de objeto suspeita, na qual foram apreendidas mais de 10 câmeras de monitoramento instaladas pelo bairro Feitoria, supostamente a mando do grupo criminoso.
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“O grupo é conhecido pelo seu poder de fogo e envolvimento organizado no tráfico de drogas no Vale do Sinos, bem como pela violência e grave ameaça praticadas em desfavor daqueles que fazem oposição aos desmandos do grupo no bairro Feitoria”, explica a delegada.
Conforme a Polícia, os integrantes da célula identificam-se visualmente com a imagem de ETs, os quais estão presentes em vários muros ao longo do bairro Feitoria, bem como em tatuagens, adesivos e pingentes usados pelos membros do grupo.
"Violentos, destemidos, e em sua grande maioria detentores de vasta folha de antecedentes criminais, estes indivíduos coagem moradores de bem do bairro, ameaçam de forma violenta usuários de droga em débito com o grupo e praticam extorsões a comerciantes locais", comenta Cibelle.
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Durante as investigações, também foi verificado que alguns estabelecimentos comerciais do bairro são utilizados como ponto de venda de drogas contra a vontade dos proprietários, que vivem ameaçados ou, ainda, que outros são estabelecimentos do próprio grupo criminoso, utilizando laranjas para lavar o dinheiro produto do tráfico de drogas.
"Durante as investigações, diversas denúncias anônimas foram recebidas pela Delegacia de Polícia, as quais foram fundamentais para qualificar os integrantes do grupo e alvos da operação de hoje", completa a delegada.