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CANOAS

OPERAÇÃO EM MOTEL: Morte de travesti em frente ao local ligou o radar da Polícia; entenda

Travesti se recusou a pagar os valores exigidos e acabou atingida por um tiro em outubro do ano passado em frente ao motel

Publicado em: 23/04/2024 às 11h:25 Última atualização: 23/04/2024 às 11h:52
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A Polícia Civil desencadeou a batizada Operação Taipan, na manhã desta terça-feira (23), mirando uma facção criminosa que tomou um motel em Canoas, expulsando o proprietário e fazendo clientes reféns.

Ação coordenada pela Polícia Civil nesta terça-feira (23) mira facção que comandava esquema de extorsão em Canoas



Ação coordenada pela Polícia Civil nesta terça-feira (23) mira facção que comandava esquema de extorsão em Canoas

Foto: LEANDRO DOMINGOS/GES-ESPECIAL

Antes do dono denunciar o crime à Polícia, o local entrou nos radares das polícias em outubro do ano passado, quando uma travesti acabou baleada em frente ao estabelecimento pelos criminosos.

A vítima estava trabalhando em frente ao endereço, na noite do dia 24 de outubro, quando acabou sendo abordada por criminosos, que atiraram três vezes antes de fugir correndo do local.

Conforme a delegada Luciane Bertoletti, titular da 3ª Delegacia de Polícia (DP), o crime aconteceu na época em que os criminosos tomaram o motel e passaram a exigir valores não apenas dos clientes, mas também de quem trabalhava na área.

“Todos que trabalham naquela área nas imediações do motel tiveram que começar a pagar pedágio para permanecer no local”, esclarece. “Como a travesti se recusou a pagar, foi baleada”.

A vítima foi socorrida e internada na época no Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC). Conseguiu sobreviver, apesar de atingida por três tiros, mas nunca mais sendo vista trabalhando em Canoas.

Investigação

Foram cumpridas 44 medidas cautelares, incluindo mandados de prisão, busca, apreensão, sequestro de bens e bloqueios de contas bancárias, visando combater os criminosos ligados ao tráfico de drogas e entorpecentes. Foram quatro presos.

Segundo a 3ª Delegacia de Polícia (DP) de Canoas, a investigação começou de verdade em novembro, quando o dono do motel procurou a polícia e relatou que vinha sendo explorada por criminosos.

O objetivo da ação, segundo a delegada Luciane Bertoletti, era garantir a hegemonia territorial, assegurando nas imediações do motel, dessa forma, o controle da exploração sexual e do tráfico de drogas e entorpecentes na área.

“A apuração revelou também que outros comerciantes e empresários também acabaram sendo explorados pelo grupo a pagar pedágio para não ter o estabelecimento destruído pelos criminosos”, explica a delegada.

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