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INVESTIGAÇÃO

Fraude em registro de CACs é descoberta no RS: Como criminosos perigosos conseguiram enganar o Exército para comprar armas

O objetivo da operação quem envolve cidades da região, segundo o MP, é coibir fraude na concessão e manutenção de registros para Colecionador, Atirador e Caçador (CAC)

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Publicado em: 17/12/2024 às 09h:43
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Foi desencadeada nesta terça-feira (17), a “Operação Desarme” do Grupo de Ações Especiais de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), em conjunto com o Ministério Público Militar da União (MPM), Exército Brasileiro (EB) e com o apoio da Brigada Militar e Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe).

A investida cumpre mandados em 34 cidades gaúchas e em uma catarinense. Na região, os mandados são cumpridos em São Leopoldo e Sapucaia do Sul. 

O objetivo, segundo o MP, é coibir uma fraude na concessão e manutenção de registros para Colecionador, Atirador e Caçador (CAC) no Estado



O objetivo, segundo o MP, é coibir uma fraude na concessão e manutenção de registros para Colecionador, Atirador e Caçador (CAC) no Estado

Foto: GAECO/Divulgação

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O objetivo, segundo o MP, é coibir uma fraude na concessão e manutenção de registros para Colecionador, Atirador e Caçador (CAC) no Estado. O motivo é que criminosos estavam fazendo falsas declarações de idoneidade para obter as permissões do Exército e, assim, ter o direito de adquirir armamentos que depois eram repassados a facções para os mais diversos tipos de crime.

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Conforme investigado, traficantes, homicidas, assaltantes, sequestradores, estelionatários, entre outros criminosos, alguns já condenados e outros alvos de processos ou investigações policiais, se aproveitavam para adquirir armas e munição como CACs após omitirem possuir antecedentes criminais.

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Em um balanço parcial, até as 9 horas, havia um preso em flagrante por porte ilegal de armas, cerca de 90 munições, mais de 60 armas, um drone e diversos documentos apreendidos.

O Gaeco identificou nove CACs com fortes indícios de terem ligações com organizações criminosas faccionadas do Estado. Outros 32 CACs investigados pelo MPM estão envolvidos em crimes de fraude perante o EB e em demais irregularidades.

Nesta primeira fase da investigação, foram detectadas 141 armas irregulares em razão de declarações falsas e demais crimes cometidos. 

Foram cumpridos 82 mandados de busca e apreensão, inclusive em quatro casas prisionais, com auxílio de cão farejador do GAECO para busca de celulares. “O Gaeco está atento à obtenção e comércio ilegal de armas de fogo e atua em parceria com o MPM para combater os crimes correlatos”, destaca o coordenador do GAECO, promotor de Justiça André Dal Molin.

Criminosos enganam Exército para obter registro e comprar armas para organizações criminosas no RS

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“Hoje, com parceria do Ministério Público Militar, demos início à retirada de circulação de centenas de armas que se encontram irregulares no nosso Estado”, frisa o promotor de Justiça João Afonso Beltrame, coordenador do 8º Núcleo Regional Gaeco – Central, e o responsável pela investigação e operação.

Também participaram da operação os promotores de Justiça do MPM Diego Ruas, Soel Arpini e Murilo Antonio dos Santos. Ao todo, o efetivo empregado foi de mais de 360 agentes.

Cidades

As 35 cidades onde ocorreram cumprimentos de mandados judiciais de prisão e busca e apreensão são: Porto Alegre

  • Santa Maria
  • Júlio de Castilhos
  • Jaguari
  • Canguçu
  • Pinheiro Machado
  • Rosário do Sul
  • Três de Maio
  • Santa Rosa
  • Santo Antônio das Missões
  • Não-Me-Toque
  • Giruá
  • São Luiz Gonzaga
  • Sananduva
  • Passo Fundo
  • Bento Gonçalves
  • Antônio Prado
  • Caxias do Sul
  • Vacaria
  • Gravataí
  • Canoas
  • Viamão
  • Cachoeira do Sul
  • Osório
  • Xangri-lá
  • Arroio do Sal
  • Capão da Canoa
  • Sapiranga
  • Charqueadas
  • Igrejinha
  • São Leopoldo
  • Santo Antônio da Patrulha
  • Sapucaia do Sul
  • Campo Bom 

Em Santa Catarina, a operação ocorreu em Bombinhas.

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