INVESTIGAÇÃO
Operação contra lavagem de dinheiro e associação criminosa investiga construtora em Gramado
Ao todo, 50 medidas judiciais foram cumpridas, inclusive em Canela, São Paulo e Minas Gerais; idosos teriam sido lesados em R$ 4 milhões
Última atualização: 12/12/2024 13:35
Uma operação contra lavagem de dinheiro e associação criminosa foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (12), em Gramado, pela Polícia Civil. Ao todo, 50 medidas judiciais foram cumpridas. Destas, foram 20 mandados de busca e apreensão, sendo 15 em Gramado, três em Canela, além de um em São Paulo e um em Minas Gerais.
De acordo com a delegada Fernanda Aranha, titular da Delegacia de Polícia de Gramado, seis pessoas físicas, residentes nas cidades gaúcha e paulista, e três jurídicas são investigadas.
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A Polícia Civil também realizou o sequestro de um imóvel em Gramado, localizado na área central, avaliado em cerca de R$ 2 milhões. Houve ainda a apreensão de sete veículos, inclusive alguns de alto padrão, avaliados, no total, em aproximadamente R$ 1,5 milhão. Por fim, contas bancárias foram bloqueadas houve o afastamento de sigilos.
A ação contou com 35 policiais civis e houveapoio da Delegacia de Investigações Gerais de Santana da Boa Vista (SP) e Delegacia Regional de Paracatu(MG)/Além disso, contou com a participação de agentes policiais designados da Operação Serra lotados na Delegacia de Pronto Atendimento (DPPA)de Gramado, sob o comando do diretor regional e delegado Gustavo Barcellos.
Entenda
As investigações iniciaram em 2021, em São Paulo. Dois idosos foram lesados em cerca de R$ 4 milhões pelos investigados e a ocorrência chegou a partir de familiares do casal. Conforme a delegada Fernanda, as vítimas possuíam relação de confiança com os suspeitos. Eles eram funcionários e possuíam trabalhos diversos. Um deles era motorista, enquanto que outro advogado.
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Um apartamento de alto padrão, localizado no Centro do município da Serra gaúcha, teria sido transferido fraudulentamente de uma das vítimas para os investigados, por meio de uma procuração, a qual se discute a licitude.
Também, houve a subtração de cerca de R$ 2 milhões do cofre dos idosos, que ficava na residência paulista. Segundo a responsável pelas investigações, o motorista tinha acesso ao local por trabalhar junto às vítimas.
Os suspeitos utilizaram os valores furtados para investir em uma construtora, que tem sede em Gramado. De acordo com a Polícia, a empresa está ativa e é investigada.
A ação realizada nesta manhã tinha como objetivo reforçar as provas já existentes na investigação policial, com a apreensão de documentos, objetos e bens, inclusive para ressarcimento da família das vítimas. Os idosos já faleceram.
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A partir de agora, as próximas etapas do inquérito serão a análise de documentos e da quebra de sigilo bancário. Ninguém foi preso durante a operação.