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ATAQUE A TIROS

O que se sabe sobre a família do atirador de Novo Hamburgo

Edson, Everton e Eugênio Crippa são velados na Funerária Pereira, em São Leopoldo

Laura Rolim
Publicado em: 24/10/2024 às 13h:46
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Eugênio, de 74 anos, e Cléris Crippa, 69, são descritos como unidos e engajados em atividades em Novo Hamburgo. Os idosos são pais de três filhos, Everton Luciano Crippa, 49, Edson Fernando Crippa, 45, e uma mulher de 40 anos. Nesta quinta-feira (24), a família e os amigos se despedem de três membros da família após uma tragédia, descrita como o maior tiroteio da história da cidade.

Velório acontece na Funerário Pereira, em São Leopoldo | abc+



Velório acontece na Funerário Pereira, em São Leopoldo

Foto: Laura Rolim/GES-Especial

Foi entre a noite de terça (22) e a madrugada de quarta (23) que Edson baleou o pai e o irmão na residência da família, no bairro Ouro Branco. Everton chegou a ser levado ao Hospital Municipal de Novo Hamburgo, mas não resistiu aos ferimentos. O atirador foi encontrado morto dentro de casa, após 9 horas de conflito com a polícia.

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Além dos homens, o atirador atingiu a mãe e a cunhada, Priscila Martins, 49. Ambas seguiam estáveis na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Centenário, em São Leopoldo. 

Os três homens estão sendo velados em uma cerimônia tomada de emoção na Capela da Funerária Pereira, em São Leopoldo. O sobrinho Edilson Pereira descreveu os idosos como pessoas “maravilhosas, do bem, trabalhadoras e honestas”. “Vou guardar as coisas boas deles. A gente sente pelo ocorrido, pelas vítimas, pelas famílias dos policiais [um faleceu e outros seis ficaram feridos]. A gente sente por tudo isso. Todos eram pessoas jovens, que estavam trabalhando, e, no fim, aconteceu tudo isso”, lamenta Pereira.

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Ele afirma que Edson era o único dos filhos que morava com os pais, já que Everton era gerente de logística e estava morando em São Paulo. Além deles, o casal de idosos tem outra filha, de 40 anos, que mora em Ivoti.

“Todos foram bem criados. O Edson nunca foi um cara que usou drogas, nem cerveja ele tomava. Era um cara que tinha nojo disso tudo. Um cara correto, até demais. O problema dele foi mental, doença, ele surtou”, relata Pereira. Conforme informou o chefe da Polícia Civil, delegado Fernando Sodré, Edson já havia passado por quatro internações por esquizofrenia.

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“Ele era maravilhoso”, diz amiga sobre o irmão Everton

Segundo uma amiga do casal Everton e Priscila, os dois se davam muito bem. “Ele era maravilhoso. Uma criatura iluminada. A Priscila é minha vizinha, e acabamos pegando amizade com ele”, comenta a idosa, que não quis ser identificada.

Everton Crippa | abc+



Everton Crippa

Foto: Reprodução

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O casal não tem filhos e, de acordo com familiares e amigos, ele teria vindo de São Paulo para Novo Hamburgo para comemorar o aniversário, que ocorreu no último dia 16. A família comemoraria o aniversário da mãe, que completa 70 anos no dia 31, no próximo sábado (26).

Sepultamento

O sepultamento dos dois irmãos e do pai está previsto para iniciar às 15 horas desta quinta-feira no Cemitério Municipal Cristo Rei, em São Leopoldo.

Além deles, o policial militar Everton Kirsch Júnior, 31, morreu no ataque. O sepultamento foi marcado por muita emoção em Novo Hamburgo no fim da manhã desta quinta.

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