Cães de raças menores estão sendo usados como moeda de troca por criminosos. Esse é o novo alerta que a Polícia Civil faz em meio aos furtos de animais que têm sido observados na cidade.
O alerta partiu após um caso surgido no último dia 30, quando um Yorkshire foi levado de um condomínio após câmeras terem registrado o animal brincando com crianças no pátio.
A denúncia chegou à 3ª Delegacia de Polícia (DP) de Canoas, que apurou o desaparecimento, localizou o animal e resgatou o pequeno Barney durante uma ação organizada na última quinta-feira (4).
O caso registrado em Canoas está inserido em uma realidade que vem preocupando os donos de pets em Canoas: os animais hoje são vistos como “patrimônio” de alto valor por criminosos.
A Polícia Civil ainda não tem um quantitativo detalhado dos crimes, que estão mais nas redes sociais que nos cartórios de DPs, mas é sabido que cães, especialmente de raças menores, estão na mira de criminosos.
Conforme a delegada Luciane Bertoletti, titular da 3ª DP de Canoas, o Yorkshire levado de um condomínio foi furtado. Criminosos miram os animais devido ao mercado que existe em torno dos pets.
“O cão hoje é tratado como um membro da família”, explica. “É crueldade tirar o animal à força do seio familiar para levá-lo à venda, porque há um mercado paralelo de quem compra os animais sem saber a procedência”.
Denúncias
A Polícia Civil passou a observar no ano passado que casos de arrombamento e furtos a residências, além da subtração de bens como aparelhos eletrodomésticos e mobília, quase sempre incluíam um pet.
Embora as ocorrências possam ser tratadas como furtos simples, pode existir relação com a venda de animais de raça pela internet, já que se sabe existirem criminosos rondando casas para furtar animais.
Luciane alerta para que os donos de pet procurem a polícia. As denúncias anônimas podem ser passadas em linha direta pelo número (51) 3425-9056. Quem preferir, pode encaminhar mensagem para o WhatsApp (51) 98459-0259.
“Existe todo um fator psicológico que é ignorado pelos criminosos, que é o sofrimento dos animais tirados dos donos. Os crimes precisam ser denunciados e a polícia vai atrás dos responsáveis”, avisa.
Primeiro alerta
Foi em 2022, após o fim do isolamento criado pela pandemia, que a Polícia Civil fez o primeiro alerta a respeito dos furtos de animais de estimação na área central da cidade.
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Na época, o crescente desaparecimento de cães das raças como o spitz alemão, também conhecido como lulu-da-pomerânia, shitzu, maltês e Yorkshire terrier chamavam a atenção nas redes sociais.
Houve relatos de pelo menos 30 casos semelhantes nas imediações dos bairros Centro e Marechal Rondon. O pior dele era o de um Golden que havia sido tirado do pátio à força, de modo que os criminosos exigiram posteriormente um resgate.
Então responsável pela Delegacia Amiga dos Animais em Canoas, a delegada Tatiana Bastos chegou a suspeitar da atuação de uma quadrilha especializada nos crimes em Canoas, contudo a apuração não levou até a identificação de um suspeito e acabou sendo abandonado.
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