ALERTA
Nova droga K conhecida pelo "efeito zumbi" é descoberta no RS
Instituto-Geral de Perícias (IGP) alerta para os perigos da nova substância psicoativa; entre os riscos das drogas K estão: comportamento violento, psicose e paranoia; entenda
Última atualização: 11/11/2024 11:46
Uma nova droga foi encontrada pela primeira vez no Rio Grande do Sul. Conhecida como droga K, a nova substância psicoativa (NSP) é um tipo de canabinoide sintético, também chamado pelos nomes K2, K4, K9, spice, selva, cloud9.
O Instituto-Geral de Perícias (IGP) identificou o material como ADB-4en-PINACA em fragmentos de papel (popularmente apelidados de selos ou micropontos). A descoberta foi divulgada pelo órgão no dia 8 de novembro.
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A droga potente e tóxica, conhecida pelo "efeito zumbi", foi apreendida na região metropolitana de Porto Alegre.
Entre os efeitos para a saúde, as drogas K podem causar:
- Comportamento violento;
- Psicose e paranoia;
- Convulsões;
- Eventos cardiovasculares, tais como hemorragias intracranianas e interrupção do fluxo sanguíneo cerebral (isquemia cerebral), além de parada respiratória.
Segundo o 5º informe do Subsistema de Alerta Rápido Sobre Drogas (SAR), do governo federal, já foram relatados casos de rabdomiólise (doença caracterizada pela destruição das fibras musculares), bem como lesões renais, hepatite e óbitos após o consumo dessas substâncias.
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O documento ainda esclarece que os canabinoides sintéticos não devem ser chamados de "maconha sintética" porque, apesar de se ligarem aos mesmos receptores presentes no corpo humano, a substância sintética não está presente na cannabis (popularmente chamada de maconha) e, em sua maioria, não se assemelha quimicamente às substâncias presentes na planta.
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NSPs
As novas substâncias psicoativas (NSPs), segundo o IGP, são moléculas criadas para imitar os efeitos de drogas controladas, como cannabis e LSD, "com o objetivo de evitar restrições legais".
"Embora a substância não esteja nominalmente na lista de substâncias proibidas da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], sua estrutura química a classifica como canabinoide sintético, já proibido pela Portaria 344/1998".
Como foi feita a identificação
O laboratório da Divisão de Química Forense do IGP usou técnicas avançadas de análise, como Cromatografia Gasosa e Espectrometria de Massas, para a identificação da droga.
O trabalho contou com ajuda da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), que confirmou a presença da ADB-4en-PINACA no material.
Alerta à Anvisa
Assim que a droga foi identificada, Anvisa e delegacias responsáveis foram notificadas. Segundo o IGP, a identificação de novas drogas rapidamente é fundamental para "aprimorar as estratégias de investigação e segurança pública".
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