LEMBRANÇAS

Noite de terror com cinco mortos em Novo Hamburgo completa um mês; por que caso ainda não foi concluído?

Ataque aconteceu em 22 de outubro na Rua Adolfo Jaeger, bairro Ouro Branco e cerco policial durou mais de 9 horas

Publicado em: 22/11/2024 16:13
Última atualização: 22/11/2024 16:21

Há exatos 30 dias a cidade de Novo Hamburgo viveu momentos que devem ficar para sempre na memória da população. Um ataque a tiros na Rua Adolfo Jaeger, bairro Ouro Branco, deixou cinco mortos, entre polícias militares, familiares do atirador e o próprio criminoso.

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Há 30 dias moradores do bairro Ouro Branco vivenciaram noite e madrugada de terror Foto: Laura Rolim/GES-Especial


Tudo começou por volta das 23 horas, quando o casal Eugênio Crippa, 74 anos e Cléris Crippa, 69, acionaram a Brigada Militar (BM) para denunciar o filho, Edson Fernando Crippa, 45. Conforme os idosos, o homem estava em surto e não os deixava sair da residência, proferindo xingamentos contra eles.

Ao chegar no local, imaginando se tratar apenas de uma ocorrência de violência doméstica, os policiais foram recebidos a tiros por Edson. Os primeiros disparos aconteceram por volta 23h10 e foram ouvidos de diferentes bairros da cidade, assustando os moradores.

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Na sequência, mais viaturas da BM e da Guarda Municipal de Novo Hamburgo chegaram ao local. Na medida em que agentes tentavam se aproximar da casa, eram recebidos com disparos pelo homem. Polícias e um agente da guarda municipal ficaram feridos e foram levados para o Hospital Municipal.


Cerco policial no bairro Ouro Branco, em Novo Hamburgo Foto: Igor Müller/GES-Especial


O cerco policial durou mais de 9 horas. No total, sete policiais ficaram feridos, dois morreram: Everton Kirsch Júnior e Rodrigo Weber Volz, ambos de 31 anos. Eugênio, pai do atirador, também morreu, assim como o irmão do criminoso, Everton Luciano Crippa, 49 anos.


Cerco policial no bairro Ouro Branco, em Novo Hamburgo Foto: Igor Müller/GES-Especial


A mãe, Cléris e a esposa de Everton (cunhada do atirador), Priscilla Martins, 41 anos, sobreviveram. Elas foram levadas ao Hospital Centenário, em São Leopoldo.

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Sobreviventes

Enquanto Cléris permanece na casa de saúde 30 dias após a tragédia familiar, Priscilla foi transferida para o Hospital da Unimed.

A viúva de Everton Luciano está no quarto. Já a mãe de Everton, Edson e viúva de Eugênio, ainda precisa de auxílio mecânico para respirar.

Os policiais militares, João Paulo Farias, 26 e Joseane Muller, 38, já receberam alta médica, no entanto, ainda não voltaram ao trabalho e se recuperam em casa. O guarda municipal Volmir de Souza, 54, também recebeu alta após permanecer dias internado no Hospital da Unimed.

Cerco policial no bairro Ouro Branco, em Novo Hamburgo Foto: Igor Müller/GES-Especial


Os demais feridos foram liberados no mesmo dia da ocorrência com ferimentos leves.

Inquérito policial

Segundo a Polícia Civil, o inquérito policial segue aberto. A delegada Marcela Ehler, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Novo Hamburgo (DPHPP), explica que algumas perícias são aguardadas.

A linha de investigação leva em conta quatro homicídios e na tentativa de consumar outros, Edson acabou ferido e morreu no local.


Munições no local do ataque a tiros há um mês em Novo Hamburgo Foto: Laura Rolim/GES-Especial



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