Há exatos 30 dias a cidade de Novo Hamburgo viveu momentos que devem ficar para sempre na memória da população. Um ataque a tiros na Rua Adolfo Jaeger, bairro Ouro Branco, deixou cinco mortos, entre polícias militares, familiares do atirador e o próprio criminoso.
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Tudo começou por volta das 23 horas, quando o casal Eugênio Crippa, 74 anos e Cléris Crippa, 69, acionaram a Brigada Militar (BM) para denunciar o filho, Edson Fernando Crippa, 45. Conforme os idosos, o homem estava em surto e não os deixava sair da residência, proferindo xingamentos contra eles.
Ao chegar no local, imaginando se tratar apenas de uma ocorrência de violência doméstica, os policiais foram recebidos a tiros por Edson. Os primeiros disparos aconteceram por volta 23h10 e foram ouvidos de diferentes bairros da cidade, assustando os moradores.
Na sequência, mais viaturas da BM e da Guarda Municipal de Novo Hamburgo chegaram ao local. Na medida em que agentes tentavam se aproximar da casa, eram recebidos com disparos pelo homem. Polícias e um agente da guarda municipal ficaram feridos e foram levados para o Hospital Municipal.
O cerco policial durou mais de 9 horas. No total, sete policiais ficaram feridos, dois morreram: Everton Kirsch Júnior e Rodrigo Weber Volz, ambos de 31 anos. Eugênio, pai do atirador, também morreu, assim como o irmão do criminoso, Everton Luciano Crippa, 49 anos.
A mãe, Cléris e a esposa de Everton (cunhada do atirador), Priscilla Martins, 41 anos, sobreviveram. Elas foram levadas ao Hospital Centenário, em São Leopoldo.
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Sobreviventes
Enquanto Cléris permanece na casa de saúde 30 dias após a tragédia familiar, Priscilla foi transferida para o Hospital da Unimed.
A viúva de Everton Luciano está no quarto. Já a mãe de Everton, Edson e viúva de Eugênio, ainda precisa de auxílio mecânico para respirar.
Os policiais militares, João Paulo Farias, 26 e Joseane Muller, 38, já receberam alta médica, no entanto, ainda não voltaram ao trabalho e se recuperam em casa. O guarda municipal Volmir de Souza, 54, também recebeu alta após permanecer dias internado no Hospital da Unimed.
Os demais feridos foram liberados no mesmo dia da ocorrência com ferimentos leves.
Inquérito policial
Segundo a Polícia Civil, o inquérito policial segue aberto. A delegada Marcela Ehler, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Novo Hamburgo (DPHPP), explica que algumas perícias são aguardadas.
A linha de investigação leva em conta quatro homicídios e na tentativa de consumar outros, Edson acabou ferido e morreu no local.
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