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MISTÉRIO

"Não sabemos mais o que fazer": Desaparecimento de idosa em asilo completa 5 meses e família busca respostas

Maria de Fátima Ávila, de 64 anos, não é vista deste 7 de março, quando teria saído do lar de idosos onde residia; ela é diagnosticada com esquizofrenia e demência

Ubiratan Júnior
Publicado em: 07/08/2024 às 18h:50 Última atualização: 08/08/2024 às 18h:35
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Respostas. É o que busca a família de Maria de Fátima Ávila, de 64 anos. O desaparecimento da idosa completa 5 meses nesta quarta-feira (7). Desde que ela teria saído do lar de idosos onde residia, no bairro Quatro Colônias, em Campo Bom, seu paradeiro é desconhecido.

Familiares de Maria de Fátima Àvila buscam por respostas sobre o desaparecimento da idosa em um lar de idosos de Campo Bom | abc+



Familiares de Maria de Fátima Àvila buscam por respostas sobre o desaparecimento da idosa em um lar de idosos de Campo Bom

Foto: Arquivo pessoal

Conforme o boletim de ocorrência registrado pelos parentes, a idosa teria deixado o asilo onde morava no dia 7 de março, por volta das 18 horas, após uma pessoa ter deixado o portão da residência aberto.

Desde então, a família não teve mais nenhuma informação sobre Maria de Fátima. “Está muito difícil e não sabemos mais o que fazer”, desabafa Luciana Medeiros, filha da desaparecida.

A técnica de enfermagem conta que no decorrer desses meses, a família tem sido incansável pela busca de sua mãe. O contato com os investigadores é constante. “Eles [Polícia Civil] dizem que fizeram tudo o que estava ao alcance, também não encontraram nenhuma evidência de que um crime tenha ocorrido. A gente fica na angústia”, comenta.

A vítima é diagnosticada com esquizofrenia e demência. Foi essa última condição que fez com que a família optasse pelo lar de repouso, tendo em vista que Maria de Fátima precisava de cuidados constantes. Para Luciana, o estado de saúde da mãe a deixava mais frágil.

“Eu tinha muita esperança, acreditava que realmente ela tinha saído como eles falaram, mas conforme os dias e os meses foram passando, ficou muito difícil de não acreditar que pode ter acontecido algo. Por não ter uma pista, uma câmera, ninguém ter visto ela passar em lugar algum, sendo que a mãe não iria longe”, desabafa a filha da idosa desaparecida.

Maria de Fátima Ávila está desaparecida desde 7 de março de 2024 | abc+



Maria de Fátima Ávila está desaparecida desde 7 de março de 2024

Foto: Arquivo pessoal

A reportagem procurou o lar de idosos onde Maria de Fátima teria sido vista pela última vez. No entanto, a instituição disse que não irá se manifestar e que o caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

O delegado Rodrigo Câmara, responsável pelo caso, informa que não pode falar devido a uma determinação da Associação dos Delegados, tendo em vista que a categoria pressiona o governo do Estado por reajuste salarial.

No fim de junho, Câmara afirmou que foram realizadas inúmeras diligências, incluindo buscas com cães farejadores, e que o caso é tratado com prioridade. Ele também expôs que realizou dezenas de oitivas com pessoas envolvidas direta e indiretamente.

Na época, o delegado ainda disse que nenhum vestígio foi encontrado e que, com autorização da Justiça, a investigação teve acesso às mensagens de pessoas ligadas ao desaparecimento da idosa e até a imagens de lugares que supostamente ela teria sido vista, mas nenhuma evidência foi localizada.

A investigação também não encontrou nenhum indício de possível crime na propriedade da clínica, que fica em área rural do município. “Todo dia é difícil, não tem dia mais ou menos. A gente tenta ser forte pelos filhos da gente, pela família, mas todo dia é difícil. Você fica pensando: ‘Será que ela ‘tá’ comendo? Será que ela tem o que comer? Será que está dormindo? Será que alguém recolheu ela?’, a gente pensa tudo isso’”, diz a filha emocionada.

“Se alguém tiver qualquer coisa, se viu ela passar… Meu Deus do céu, entre em contato com o Disque Denúncia da Polícia”, apela Luciana.

Quem tiver informações sobre o paradeiro de Maria de Fátima pode repassar à Polícia Civil, inclusive anonimamente, pelo WhatsApp (51) 98401-3237.

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