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MAIS DE 25 ANOS DE DETENÇÃO

Mulher é condenada por matar e enterrar filha recém-nascida e sai presa do júri em São Sebastião do Caí

Bebê morta era fruto de um relacionamento extraconjugal

Stefany de Jesus Rocha
Publicado em: 24/10/2024 às 21h:49 Última atualização: 24/10/2024 às 21h:58
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Silvane Deboer Petry, de 48 anos, foi condenada a 25 anos e 10 meses de prisão por matar e enterrar no pátio de casa a própria filha recém-nascida. O julgamento do crime que aconteceu em setembro de 2014 foi realizado nesta quinta-feira (24) no Fórum de São Sebastião do Caí, de onde a ré saiu presa.

Fórum de São Sebastião do Caí | abc+



Fórum de São Sebastião do Caí

Foto: Reprodução/Google Maps/Defensoria Publica do RS

Conforme a promotora de Justiça Lara Guimarães Trein, a bebê, Michelle Deboer, foi propositalmente derrubada no chão pela mãe, o que causou um traumatismo craniano e a levou a morte. O motivo da violência foi o fato da criança ser fruto de um relacionamento extraconjugal. A acusação apontou que Silvane não queria criar um filho de fora do casamento e o marido dela já havia feito vasectomia.

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A acusada enterrou o corpo nos fundos da residência, mas ele foi encontrado pela filha mais velha, na época adolescente, que viu parte da perna do bebê após ouvir latidos persistentes do cachorro da família.

A promotora ressaltou também que, quando cometeu o crime, Silvane não se encontrava em estado puerperal — condição que ocorre quando, logo após o parto, o corpo e a mente da mulher passam por alterações físicas e psicológicas. Durante o processo, a defesa da vítima chegou a apresentar um recurso de incidente de insanidade mental, que questionava as condições psíquicas da acusada, mas um laudo descartou a possibilidade.

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Silvane foi condenada por homicídio qualificado por motivo torpe e ocultação de cadáver.

“O Tribunal do Júri de São Sebastião do Caí honrou a memória da menina Michelle. A sensação é de dever cumprido, já que o Ministério Público atua na defesa da vida. Sendo assim, é nosso dever evitar que mais crianças tenham suas vidas ceifadas, sobretudo por aqueles que deveriam amá-las incondicionalmente”, disse Trein.

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“Esperamos que essa condenação sirva de exemplo, destacando a importância da divulgação do resultado deste julgamento, para que a sociedade saiba que esse tipo de crime não sairá impune, prevenindo-se, assim, a morte de outras Michelles, indefesas e vulneráveis”, concluiu a promotora.

A defesa de Silvane foi procurada, mas até a noite desta quinta, não havia se manifestado. O espaço segue aberto.

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