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TRIBUNAL DO JÚRI

Mulher é condenada por morte de jovem dias após aplicação de silicone industrial no RS; relembre o caso

Julgamento aconteceu nesta quinta-feira, dia 8; Mélani Danielly Aguiar Maia morreu quatro dias após realização do procedimento estético em agosto de 2020

Ubiratan Júnior
Publicado em: 08/08/2024 às 23h:48 Última atualização: 08/08/2024 às 23h:49
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Após quase 4 anos, o caso da jovem que morreu depois de um procedimento estético em Santa Cruz do Sul teve um desfecho. Nesta quinta-feira (8), uma mulher de 40 anos foi condenada pela morte de Mélani Danielly Aguiar Maia, com 20 anos na época, que faleceu em agosto de 2020 dias após receber aplicação de injeção de silicone industrial.

Mélani Danielly Aguiar Maia morreu após aplicação de silicone industrial | abc+



Mélani Danielly Aguiar Maia morreu após aplicação de silicone industrial

Foto: MPRS

O Tribunal do Júri de Santa Cruz de Sul condenou a ré por homicídio com dolo eventual. Pelo crime, ela recebeu uma pena de 7 anos de prisão com cumprimento inicial em regime semiaberto por ter aplicado silicone industrial na vítima. A condenada poderá recorrer em liberdade.

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No julgamento, o promotor do Ministério Público (MPRS), Gustavo Burgos de Oliveira, afirmou que acusada assumiu o risco de matar Mélani. “Esta condenação servirá como uma espécie de símbolo para a nossa comunidade, um recado firme de que, casos como este, merecem a reprovação social” , comentou sobre o desfecho do caso.

A família da vítima acompanhou todo o júri, que começou pela manhã e terminou no fim da tarde desta quinta.

Relembre o caso

No dia 27 de agosto de 2020, Mélani fez o procedimento estético com ré, que aplicou uma injeção de silicone industrial nela. Quatro dias depois, a vítima morreu em um hospital de Santa Cruz do Sul.

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Conforme a denúncia do MPRS, que foi oferecida à Justiça em outubro do mesmo ano, a causa da morte foi “síndrome séptica secundária a injeção de silicone industrial” após lesões em decorrência de aplicação clandestina, em local impróprio, neste caso, foi em uma pensão onde Mélani estava passando alguns dias, e sem devida formação profissional e técnica na área da medicina.

A aplicação foi feita nas nádegas e no quadril da jovem. Horas após ao procedimento ela passou mal e foi levada para o hospital. O óbito aconteceu no dia 31 de agosto.

Durante o júri, o promotor enfatizou que o produto utilizado era extremamente nocivo à saúde humana, já que era destinado para limpeza de carros, peças de avião, impermeabilização de azulejos, vedação de vidros, entre outros. 

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