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NOVE HORAS DE TERROR

MPF vai investigar documentação e clube que atirador de Novo Hamburgo frequentava

Procurador Celso Tres, de Novo Hamburgo, diz que já instaurou procedimento; Edson Crippa tinha antecedentes criminais e histórico de doença mental, ou seja, não poderia ter registro de CAC em dia

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Publicado em: 24/10/2024 às 20h:47 Última atualização: 24/10/2024 às 20h:48
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O Ministério Público Federal (MPF) vai investigar a regularidade da documentação que garantiu a Edson Crippa, 45 anos, o certificado de colecionador e atirador de armas. Dono de quatro armas e muita munição, ele protagonizou nove horas de horror no bairro Ouro Branco, em Novo Hamburgo. Além de Crippa, outras quatro pessoas morreram e oito ficaram feridas. Os mortos são dois policiais militares, o pai e o irmão de Crippa.

Cerco policial durou nove horas em Novo Hamburgo; atirador matou quatro e foi encontrado morto pelo Bope | abc+



Cerco policial durou nove horas em Novo Hamburgo; atirador matou quatro e foi encontrado morto pelo Bope

Foto: Igor Müller/GES-Especial

Segundo a Polícia Civil, Crippa tem histórico inclusive de internação psiquiátrica. Teoricamente ele não apresentaria condições de estar em dia com a documentação de CAC, ou seja, colecionador, atirador e caçador. É esse contexto e a regularidade da compra das armas e das munições que o MPF quer apurar.

O procurador da República em Novo Hamburgo, Celso Tres, confirma que a apuração vai mirar também o clube de tiro que era frequentado pelo atirador. A regra exige que os CACs sejam vinculados a um clube de tiro. “Demonstrado qualquer ilícito, será pedido a sua cassação de funcionamento”, adianta, sem dar mais detalhes.

Ainda conforme o procurador da República, “será examinado o cumprimento ou não das decisões do Supremo Tribunal Federal que, repetidamente, restringiu acesso a armas e munições”.

“Vale observar que aquisição de arma exige teste psicológico, além da ausência de antecedentes criminais. O atirador era portador de doença mental e tinha registros criminais”, afirmou Celso Tres, avaliando que o ataque de Novo Hamburgo remete a um “estilo recorrente nos Estados Unidos”.

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