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VALE DO SINOS

Motorista de van indiciado por estupro de criança de 4 anos é denunciado à Justiça; confira detalhes do caso

Crime que aconteceu em Campo Bom foi descoberto após vítima ser deixada na escola horas depois do começo da aula

Stefany de Jesus Rocha
Publicado em: 09/10/2024 às 19h:07
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O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) denunciou à Justiça o motorista de van escolar de 59 anos indiciado por estuprar uma criança de 4 anos que levava para a escola. O caso aconteceu no dia 21 de agosto em Campo Bom.

Sede do Tribunal de Justiça do RS | abc+



Sede do Tribunal de Justiça do RS

Foto: Divulgação

A denúncia foi recebida por um juiz na última semana, no dia 1º de outubro. Até esta quarta-feira (9), segundo o Tribunal de Justiça (TJ), não havia novas decisões sobre o caso.

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O homem está preso desde o dia 2 de setembro.

O caso

O crime foi descoberto após a escola municipal de educação infantil desconfiar o horário de chegada da vítima à instituição. Na data do fato, o menino foi deixado no local somente ao meio-dia, e não no início da manhã, como de costume.

A prefeitura da cidade relatou que a diretora chegou a questionar o motorista sobre o motivo do atraso, mas, desconfiada da situação, ligou para a mãe da criança. À mãe, então, o menino relatou que o motorista da van teria cometido abuso sexual durante o período mencionado. 

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O serviço de transporte era particular, contratado pela família da vítima.

Conclusão da investigação policial

O delegado Rodrigo Câmara, titular da Delegacia de Polícia Civil de Campo Bom, disse que a perícia psíquica da criança foi “positiva para um relato claro e coerente do menino” e que ela tinha “capacidade compatível com a idade para fornecer as informações sobre o fato”. A perícia de exame de corpo de delito, no entanto, deu negativa para o abuso.

Câmara esclarece que parte desse resultado se deve ao fato de que o exame foi feito apenas no dia seguinte ao crime. Isso porque o caso chegou à delegacia já no fim daquela tarde e a prioridade foi encaminhar o menino para o atendimento médico.

“Depois, em razão do horário, só foi possível levar a criança no IGP [Instituto-Geral de Perícias] no outro dia”, ressalta o delegado, esclarecendo que, por conta da gravidade dos fatos, os próprios policiais levaram a vítima e a mãe até o instituto, em Porto Alegre.

Desta forma, Câmara sinaliza que o resultado de exame de corpo de delito “foi analisado no contexto das demais provas”, como a própria perícia psíquica, os depoimentos de testemunhas e mesmo o laudo do hospital, certificado por exames feitos horas depois do abuso. Esses dados, afirma o delegado, “indicam com clareza o cometimento do crime”.

“Por isso, junto aos demais elementos de prova, o investigado foi indiciado pelo crime de estupro de vulnerável”, explica.

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Informalmente, o homem chegou a dar quatro diferentes versões do fato, mas se manteve em silêncio quando foi formalmente questionado. “As versões foram sendo modificadas à medida que elas eram refutadas”, destaca Câmara.

Assim, segundo ele, a investigação não conseguiu confirmar para onde a criança foi levada durante o período em que esteve com o homem, mas, “possivelmente”, teria sido para a própria residência do indiciado.

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