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INTOXICAÇÃO

Morte de gêmeas: Envenenamento é a principal hipótese para morte de irmãs de 6 anos em Igrejinha

Justiça determinou prisão temporária de 30 dias para a mãe, suspeita de cometer homicídios; veja o que já se sabe sobre o caso

Kassiane Michel
Publicado em: 17/10/2024 às 12h:01 Última atualização: 17/10/2024 às 17h:50
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A suspeita da Polícia Civil é que a mãe, Gisele Beatriz Dias, de 42 anos, tenha envolvimento com as mortes das gêmeas Manuela e Antônia Pereira, de 6 anos. As irmãs morreram com um intervalo de oito dias em Igrejinha

Gêmeas Manuela e Antônia Pereira, de 6 anos | abc+



Gêmeas Manuela e Antônia Pereira, de 6 anos

Foto: Reprodução/Facebook

Na noite de terça-feira (15), data da morte de Antônia, a mãe foi presa. O juiz da 1ª Vara Judicial de Igrejinha, Diogo Bononi Freitas, decretou a prisão temporária da investigada. A prisão tem validade de 30 dias, ou seja, até a metade de novembro, quando poderá ser prorrogada por mais um mês.

Além da prisão de Gisele, a Justiça determinou que o Hospital Bom Pastor forneça à Polícia todos os documentos médicos relativos à mãe das meninas. A mulher esteve internada na ala psiquiátrica da casa de saúde no mês de setembro. Ela ficou cerca de 15 dias. Após a morte das gêmeas, a investigação policial ouviu funcionários da instituição, que relataram que a suspeita falava que iria machucar as filhas.

Suspeita de envenenamento

Há suspeita de que a causa da morte das gêmeas tenha sido envenenamento, segundo a Polícia Civil. “A hipótese principal é intoxicação externa, que pode ser medicamentos ou até veneno”, declara o delegado Cleber Lima, delegado regional e porta-voz da investigação. 

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Mãe foi presa em Igrejinha | abc+



Mãe foi presa em Igrejinha

Foto: Isaías Rheinheimer/GES-Especial

O pai das meninas foi ouvido na delegacia e liberado. De acordo com o delegado, não há indício de que ele pudesse ter participado do suposto crime. “É descartado pois [o pai] não estava em casa”, diz Lima sobre o momento das mortes. O homem teria chegado em casa e já encontrado a filha desacordada, nesta terça-feira. Assim como na morte da primeira menina.

O delegado regional destaca que já colheu depoimento de familiares e médicos, que dão conta de que a mãe “estava em surto”. 

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A confirmação da causa das mortes das gêmeas depende de perícia. Os corpos das duas meninas foram encaminhados para necropsia. A Polícia aguarda laudos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) que confirmará a causa das mortes. Procurado pela reportagem, o IGP afirmou que ainda não há previsão de liberação e que trabalha para finalizar todas as análises solicitadas.

O Ministério Público (MPRS) também afirma que o caso ainda é apurado e que “acompanha atentamente as investigações, aguardando os laudos periciais e demais atos e apurações para poder se manifestar”.

Segunda irmã enterrada em Igrejinha

O corpo de Antônia foi velado e enterrado na manhã desta quinta-feira (17) em Igrejinha. A morte da criança, que aconteceu dias depois do falecimento da irmã gêmea, ainda é investigada pela Polícia Civil. 

LEIA MAIS: O que já se sabe sobre o caso das gêmeas que morreram com intervalo de 8 dias na região

Antônia morreu na manhã de terça, após apresentar, segundo o Corpo de Bombeiros, sintomas parecidos com os que a irmã, Manuela, teve antes de morrer, no dia 7 de outubro. Ambas teriam tido parada cardiorrespiratória.

O velório ocorreu entre 7h30 e 11 horas no Cemitério Municipal de Igrejinha, seguido do sepultamento, no mesmo local.

O corpo da menina foi liberado pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) por volta das 16 horas desta quarta-feira (16). A Polícia aguarda os laudos para confirmar a causa das mortes.

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