O corpo de Manuela Pereira foi exumado. A menina morreu no dia 7 de outubro. Sua irmã, Antônia, morreu em condições parecidas oito dias depois, no dia 15 de outubro. As gêmeas estão enterradas no Cemitério Municipal de Igrejinha. A Polícia Civil acredita que elas tenham sido envenenadas pela mãe, Gisele Beatriz Dias, de 42 anos, que está presa. Porém, os laudos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) ainda não saíram.
O delegado Ivanir Luiz Moschen Caliari, titular da delegacia de Igrejinha, afirma que após autorização judicial, foi promovida a exumação do corpo da criança. O corpo foi exumado com o objetivo de “subsidiar o trabalho da perícia laboratorial”.
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Também nesta semana, o mandado de prisão temporária contra Gisele foi prorrogado pela Justiça. Assim, ela seguirá presa por mais 30 dias, período necessário para que a investigação prossiga.
A mãe estava na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba. No último dia 21, ela foi levada para o Centro de Custódia Hospitalar de Charqueadas. O motivo da transferência não foi divulgado pela Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe).
A mulher foi presa de forma temporária no dia 15, data em que morreu a segunda filha. A prisão temporária foi decretada pela Justiça e tinha validade de 30 dias e foi prorrogada por mais 30 dias.
O caso
Manuela foi levada já sem vida ao Hospital Bom Pastor, em Igrejinha, no dia 7 de outubro. Oito dias depois, sua irmã morreu de forma semelhante. Assim, o que parecia uma fatalidade, se transformou em um complexo caso de polícia.
A causa da morte das gêmeas Manuela e Antônia Pereira, de 6 anos, ainda é desconhecida, pois depende da divulgação dos laudos do Instituto-Geral de Perícias (IGP). A principal hipótese para a Polícia é que as meninas tenham sido envenenadas pela mãe, que está presa.
O pai das gêmeas, Michel Percival Pereira, de 43 anos, prestou mais de um depoimento na Delegacia de Igrejinha. Ele segue como testemunha e não é investigado. De acordo com o delegado, não há indício de que o pai pudesse ter participado do suposto crime, pois não estava em casa no momento de nenhuma das duas mortes.
O que diz a defesa
Em nota enviada à reportagem no fim da tarde de quinta-feira (14), a defesa de Gisele Beatriz Dias afirma que “a hipótese de assassinato não foi confirmada”.
O advogado João Paulo Schneider defende que “a liberdade da investigada em nada atrapalharia as investigações, que dependem de análises e laudos técnicos, sobre os quais a investigada não teria qualquer influência”.
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