FOGO NAS RUAS
Moradores ficam encurralados em confronto que teve até fogos de artifício para atacar a BM
Conflito em condomínio residencial do bairro Mathias velho ainda teve 11 veículos incendiados durante a madrugada desta sexta-feira (27) em Canoas e Nova Santa Rita
Última atualização: 27/12/2024 15:27
Moradores do maior condomínio residencial do bairro Mathias Velho, em Canoas, viveram horas de medo nesta sexta-feira (27). “Não sei se foi a polícia ou os bandidos, mas alguém acertou os fios da luz e ficamos todos no escuro para piorar a situação", relata em sigilo uma das pessoas que vive no Residencial Mathias Velho.
Tudo começou com um confronto entre policiais e criminosos no início desta sexta-feira (27). Conforme os moradores, os tiros se estenderam pela madrugada. Além dos tiros, fogos de artifício foram lançados contra a Brigada Militar (BM), que já havia sido chamada outras vezes durante a tarde e noite de quinta-feira (26).
"Foi uma noite intensa no condomínio", confirmou o tenente-coronel Clóvis Ivan Alves, comandante do 15º Batalhão da BM. Durante a ação da Brigada, dois homens foram presos. "Reforçamos o efetivo no perímetro e estamos trabalhando na busca de outros suspeitos”, completou.
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Veículos incendiados e comércio fechado
Ainda durante a madrugada, diversos veículos foram incendiados após o conflito, oito em Canoas e três em Nova Santa Rita. A BM e a Polícia Civil não descartam que as ocorrências estejam relacionadas.
Em Canoas, além do bairro Mathias Velho, criminosos atearam fogo em automóveis nos bairros Harmonia e Mato Grande. Já em Nova Santa Rita, os veículos atingidos estavam nos bairros Centro e Berto Círio.
Assustados, diversos comerciantes do Mathias Velho resolveram manter as portas fechadas, mesmo com a presença massiva da BM, que cercou o condomínio residencial.
Famílias aflitas
Com aproximadamente 280 apartamentos, o Residencial Mathias Velho é o maior condomínio do bairro de mesmo nome. Ao saber de tudo o que aconteceu no conjunto de prédios, a merendeira Ana Luísa Quadros, 49 anos, correu para o local na manhã desta sexta-feira para saber notícias da filha. “Como ela não atende o celular, resolvi vir, mas nem consegui entrar, porque não sou moradora e ela não está em casa. Mas dá uma agonia na gente", desabafa.