POLÍCIA
Morador de Novo Hamburgo suspeito de integrar grupos neonazistas é morto em briga na capital
Ele e outro homem teriam atacado o suspeito com pedaço de madeira que continha pregos na ponta, segundo testemunhas
Última atualização: 14/10/2024 18:51
O morador de Novo Hamburgo Aristides Mathias Flach Braga, de 28 anos, morreu após se envolver em uma briga em frente a um bar do bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, entre a noite de domingo (13) e a madrugada desta segunda-feira (14). Segundo a Brigada Militar (BM), o caso aconteceu por volta da meia-noite na Avenida Venâncio Aires.
Ele e um jovem de 24 anos, conforme a BM, foram atingidos com canivete por um homem de 23 anos. Aristides morreu no local. O outro envolvido foi socorrido e levado para o hospital em estado grave.
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Testemunhas relataram aos policiais militares que os golpes de arma branca foram desferidos pelo suspeito para revidar o ataque da dupla, que o batia com um pedaço de madeira que continha pregos na ponta. O homem chegou a ser ferido nas mãos, nas costas e no rosto.
Ao tentar fugir, ele foi baleado por um policial militar que estava à paisana no local. O suspeito passou por atendimento médico e foi preso.
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Durante a madrugada, o local foi isolado e o Instituto-Geral de Perícias (IGP) foi acionado.
O caso é investigado pela Polícia Civil.
Vítima era réu por racismo e suspeito de integrar grupos neonazistas
Em outubro de 2022, Aristides virou réu por racismo e ameaça contra um ativista brasileiro que vive nos Estados Unidos. A denúncia havia sido feita no ano anterior, em outubro de 2021, por fazer publicações de cunho racista e de incentivo à violência em redes sociais, e por ameaçar de morte Antonio Isuperio, que é militante de causas raciais e LGBTQIA+.
Ele também foi investigado por ataques racistas ao ex-BBB Douglas Silva e por integrar grupos neonazistas. Ainda em 2021, o Ministério Público Federal já havia pedido que ele fosse investigado após denúncias de ameaças contra judeus.
Aristides chegou a negar a prática dos atos ilícitos após uma operação da Polícia Civil que apreendeu celulares e computadores do jovem para perícia. Na época, a defesa dele afirmou que os equipamentos e as contas do homem haviam sido hackeados.
Nesta segunda-feira, a reportagem entrou em contato com o advogado de Aristides para um novo posicionamento, mas não teve retorno até a publicação desta matéria.
*Colaborou: Ubiratan Júnior.