CRIME ORGANIZADO

Morador de Novo Hamburgo era um dos principais distribuidores de ecstasy para festas na grande Porto Alegre

Com a prisão do traficante e dois comparsas, Denarc tenta desbaratar a rede coordenada por facção do Vale do Sinos

Publicado em: 11/04/2024 20:00
Última atualização: 11/04/2024 20:36

Um morador do bairro Boa Saúde, em Novo Hamburgo, era um dos principais distribuidores de drogas sintéticas para festas na grande Porto Alegre. O traficante de 29 anos, que estava em liberdade provisória, foi preso pela Polícia Civil no fim da noite de terça-feira (9), na frente de casa, quando entregava 1.348 comprimidos de ecstasy para dois comparsas. A droga está avaliada em R$ 70 mil.


Foram apreendidos 1.348 comprimidos e quatro celulares Foto: Polícia Civil

“Este homem possuía vinculação com a organização criminosa que atua no Vale do Sinos e os entorpecentes eram vendidos essencialmente em eventos para públicos selecionados”, declara o delegado Gabriel Borges, do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc). 

Nova remessa

Borges revela que, após identificar a residência do suspeito, veio a informação de que membros do grupo retirariam, naquela noite, uma remessa para venda na capital. Por volta das 23 horas, os agentes avistaram o traficante saindo da residência com uma sacola, que alcançou para dois jovens em um Chevrolet Classic estacionado na frente. 

Ao confirmar que se tratava de ecstasy, os policiais prenderam os três. “São todos de Novo Hamburgo”, comenta o delegado. Eles foram autuados em flagrante na sede do Denarc, em Porto Alegre, e encaminhados ao sistema prisional.

“Queremos chegar a quem está acima”

O distribuidor e os dois vendedores já tinham sido presos por tráfico e têm antecedentes criminais também por roubo. Os quatro celulares apreendidos com eles devem trazer novas informações à investigação. “Queremos chegar a quem está acima”, comenta o delegado. Há quase dez anos Novo Hamburgo está entre os maiores polos de distribuição de drogas sintéticas no Estado.

“A retirada de expressiva quantidade de circulação é de grande importância, pois estes entorpecentes causam um mal à saúde humana extremamente grave, semelhante ou até mesmo pior do que as drogas mais populares, além de possuírem custo elevado e capitalizarem o crime organizado”, observa Borges.

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