CONTADOR DO TRÁFICO
Morador de Estância Velha alvo de operação da PF é preso um dia após fugir para o Rio de Janeiro
Enquanto homem era preso no RJ, família era alvo de busca e apreensão no bairro Floresta, em Estância Velha
Última atualização: 09/10/2024 17:05
Um dos alvos da operação desencadeada pela Polícia Federal (PF) e demais agentes que compõem a Força-Tarefa de Combate ao Crime Organizado do Rio Grande do Sul (FICCO/RS), nesta quarta-feira (9), foi um morador do bairro Floresta, em Estância Velha. Ele tem 35 anos.
Um dos nomes fortes dentro da quadrilha responsável pela lavagem de dinheiro de facções criminosas que atuam no Vale do Sinos e na fronteira oeste do RS, o morador de Estância Velha foi preso em um condomínio em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro. Ele viajou à capital carioca na segunda-feira (8), mas, como era monitorado, acabou sendo facilmente encontrado no imóvel alugado.
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A suspeita é de que o homem estava preparando a mudança para o estado, pois seria inserido no esquema da organização criminosa no RJ. Este estanciense é primo de um dos principais alvos da operação, que reside em São Paulo e também foi objeto da ofensiva.
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Enquanto ele era preso no Rio de Janeiro, outros familiares eram alvos de busca e apreensão em uma casa de luxo localizada no bairro Floresta, em Estância Velha. Os agentes chegaram ao imóvel por volta das 6 horas e ali permaneceram praticamente toda a manhã.
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Detido em abril com R$ 1 milhão
Em abril deste ano, o morador de Estância Velha já havia sido detido pela força-tarefa, na companhia de uma mulher, em São Borja. Com eles, os agentes apreenderam em torno de R$ 1 milhão em espécie. O dinheiro teria sido recolhido com traficantes da fronteira oeste do Estado e seria “lavado” pela organização criminosa da qual este homem faz parte.
Com a operação desencadeada nesta quarta-feira, a polícia revelou que o esquema de lavagem de dinheiro tem alcance nacional e que o grupo operava a partir de São Paulo, utilizando-se de contas bancárias de interpostas pessoas para movimentar recursos ilícitos.
Somente nos últimos cinco anos, foram detectados mais de R$ 770 milhões em depósitos em todo o território brasileiro, conforme Relatórios de Inteligência Financeira. Somente no Rio Grande do Sul, a quadrilha “esquentou” cerca de R$ 73 milhões oriundos do tráfico de drogas através de um sofisticado esquema de lavagem.