VIOLÊNCIA

"Minha neta ficará com uma marca para sempre", desabafa avô da menina de 6 anos baleada em Canoas

Secretário Especial da Coordenadoria de Relações Comunitárias de Canoas, Francisco Nunes lamenta que a criança tenha sofrido tamanha violência

Publicado em: 19/01/2024 16:23
Última atualização: 19/01/2024 16:55

Nesta quinta-feira (18), uma menina de 6 anos foi baleada por criminosos durante um ataque a tiros no bairro Guajuviras, em Canoas. Além dela, o grupo que estava armado também deixou um homem gravemente ferido.

A pequena Lívia Helena já deixou o Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC) e está em casa, em segurança, porém não sem consequências do episódio violento.

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Policiamento ostensivo reforçado no bairro Guajuviras após ataque a tiros Foto: PAULO PIRES/GES

Segundo o avô da menina, o secretário especial da Coordenadoria de Relações Comunitárias da Prefeitura de Canoas, Francisco Nunes, a criança permanece com o projétil alojado na perna.

“Minha neta ficará com uma marca para sempre”, lamenta. “Os médicos chegaram a conclusão que seria arriscado mexer na coxa onde está alojado o projétil. Os danos poderiam ser irreversíveis, então decidiram deixar”, explica.

Conhecido em Canoas como Francisco da Mensagem, o político diz que causa tristeza o aumento da violência e o consequente impacto causado a inocentes que não têm nenhuma relação com o crime organizado.

“Eu estava com a minha neta minutos antes dos tiros”, conta. “Então deixei ela em casa para cumprir compromissos, quando fui avisado que ela havia sido atingida por um tiro. Não dava para acreditar naquilo”, completa.

Secretário Especial da Coordenadoria de Relações Comunitárias de Canoas, Francisco Nunes lamenta atentado que deixou a neta ferida Foto: PAULO PIRES/GES

Para Francisco, foi Deus quem desviou os tiros e garantiu que a neta permanecesse com vida. Isso porque a quantidade de balas disparadas no local do atentado foi enorme e poderia tê-la matado na hora. “Foi Deus quem salvou minha neta”, afirma. “Olha, a quantidade de tiros que dispararam foi algo absurdo. Agora ela está em casa e está bem, mas poderia estar morta”, conclui.

Com inocência, Lívia comentou sobre a situação pela qual passou: “Não doeu tanto assim”, disse a criança.

Investigação

O caso é apurado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Canoas. Segundo a Polícia Civil, o homem baleado trata-se de um criminoso ligado ao tráfico de drogas e entorpecentes.

A reportagem tentou contato com o Departamento de Homicídios, mas não teve retorno por causa manifestação feita pelos delegados do Estado, que pedem reajuste salarial ao Estado.

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