CASO JOÃO COUTO

Médico preso por mortes de pacientes vai para audiência de custódia e advogado tentará liberdade

Defesa afirma que ficou surpresa com a medida da comarca de Novo Hamburgo, que classifica como "absurda e imotivada"

Publicado em: 14/12/2023 22:18
Última atualização: 14/12/2023 22:18

Preso na tarde desta quinta-feira (14) em hospital no interior de São Paulo por mortes de pacientes em Novo Hamburgo, o médico João Batista do Couto Neto, 47 anos, deve passar por audiência de custódia nesta sexta (15). O advogado dele, Bruno de Lia Pires, prepara o pedido de liberdade provisória.


Couto saiu algemado do trabalho na tarde desta quinta Foto: Polícia Civil

A audiência deve definir para qual presídio irá o cirurgião, capturado durante o trabalho no Hospital Municipal de Caçapava, a 600 quilômetros da capital paulista. "Vamos entrar com o habeas corpus amanhã (sexta)”, antecipa o defensor à reportagem. Couto aguarda os desdobramentos no xadrez de delegacia em cidade não informada.

Em nota, no início da noite, Pires critica a decisão judicial. “Com surpresa a defesa recebeu a notícia da decretação da prisão preventiva do médico João Couto Neto. A decisão não se reveste de qualquer fundamento fático ou jurídico e constitui clara antecipação de pena, com a finalidade de coagir e constranger o médico. Impetraremos ordem de habeas corpus o mais breve possível para fazer cessar a absurda e imotivada prisão.”

A preventiva foi decretada nesta terça-feira (12), pela Vara do Júri de Novo Hamburgo, a pedido do titular da 1 Delegacia de Polícia da cidade, Tarcísio Kaltbach. Ele solicitou a prisão no último dia 30, quando indiciou Couto pela morte de três pacientes - dois homens e uma mulher, todos com mais de 60 anos.

Falta terminar os inquéritos relativos a morte de outros 39 pacientes e de 114 que sofreram lesões ou sequelas, possivelmente em razão de cirurgias do médico no Vale do Sinos, a grande maioria delas em Novo Hamburgo.

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